segunda-feira, 27 de junho de 2016

De Machado ao Xilmar...

Machado de Assis teve um olhar perspicaz para mostrar os costumes da sociedade de sua época...! Xilmar Ulisses  nas ondas do rádio fala sobre nossos tempos dando um bom dia cidade! Ana Marly De Oliveira Jacobino


“Era miúdo de figura, mulato de sangue, escuro de pele, e usava uma barba curta e de tonalidade confusa, que dava ares de antigo escravo brasileiro, filho do senhor e criado na casa de boa família. Era gago de boca, límpido de espírito e manso de coração. E tornara-se pelo estudo e pelo trabalho o mais belo nome, e a glória pura e mais legítima, das letras nacionais”. Humberto de Campos, em 30/09/1933 .
A elite e a intelectualidade da época em que Machado de Assis publicava seus trabalhos literários, não admitiam, que, o maior nome das letras nacionais tivesse a origem africana! As fotos do escritor foram alteradas pelos fotógrafos embranquecendo a sua figura! Os estudiosos machadianos nos alertam que, mesmo sendo a escravidão um tema central de seu tempo, Machado esteve sempre alheio aos negros escravos na eclosão do movimento abolicionista, contudo, sentiu na pele a estupidez do racismo, ao presenciar a forte resistência da família da sua esposa, Carolina Xavier de Novais, ao seu casamento por ser ele um mulato! Com seu olhar perspicaz Machado faz em suas obra uma profunda reflexão sobre a mesquinhez humana, junto a precariedade da sorte humana. Além disso, sua escrita possui uma atitude de escárnio diante do poder constituído no seu tempo!
Nas ondas do rádio Xilmar Ulisses foi o âncora de um jornalismo diário com músicas, variedades e uma prestação de serviços de grande importância para a sociedade piracicabana. Acostumei a ouvi-lo durante as minhas manhãs num convívio amigável com a sua equipe de repórteres e suas informações sobre educação, cultura, e, outros temas importantes para o esclarecimento dos seus ouvintes! Xilmar primava por entrevistas com convidados, junto, aos temas por eles desenvolvidos em suas várias áreas profissionais. O melhor de tudo era a interação feita entre os seus ouvintes, o radialista e o entrevistado num canal aberto: via telefone_ via emissora resgatando as dúvidas dos ouvintes! Bom Dia Cidade, ponto de referência nas nossas manhãs me faz recordar o pensamento de Juahrez Alves:
“A imprensa é a voz dos oprimidos e o terror dos malfeitores.” Tenho dito!

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