sexta-feira, 27 de maio de 2016

Viva a alegria de poder ler poesia...

#‪#‎Publicações feitas no Caderno do Sarau Literario Piracicabano de 10/05/2016

CHAMAS DA VIDA _ Juraci Toricelli_ Brag.Pta/P.Caldas

As ondas resvalam em extrema brancura
Rebentando suavemente na reluzente areia
No horizonte uma imagem que encanta
Um crepúsculo, onde um sol morno se esconde.
Num cenário de abóbada infinita
Penso, imagino, crio ilusões e sonhos
O inverno do tempo urge, tem pressa
Caminhando indiferente, sem temor !

Nos olhos descem incertas lágrimas
Em devaneio, suspiramos dores, alegrias
Nas curvas da vida há orquestras, poesias
Também perfumes e prantos de alegria .
O sorriso no rosto transparecendo
Qual jardim com flores em botão
A doçura de uma simpatia estendida
Adoça nossa vida numa profunda ilusão.


“SOLIDÃO” – Paulo Kiaka
Nunca estive tão só
Essa me parece a pior solidão
Estou rodeado de hipócritas
Energúmenos de sua própria razão
Este desprezo muito me incomoda
Sei que nada fiz para merecê-lo
Mesmo assim
É só solidão
Amarguras e angustias
Sofrimentos e isolamento.

Nunca estive tão só
Nem mesmo eu percebo
O porquê dessa amargura
Ora! Nasci só,
Meu cordão umbilical foi rompido abruptamente,
Morrerei só
Porque isso machuca tanto
A ponto de quase me enlouquecer?
Solidão
Nunca estive tão só.


Hace dano querer como te quiero, porque,
hasta el alme se me torna esquiva,
vivo entre suenos y esntre suenos muero
sin que la paz del corazón reviva,
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hace dano querer como te quiero, porque,
tenerte con-migo, es falza esperanza,
mi lecho y brazos están vcíos,
yo no consigo calmar mis ansias ni,
apapagar el fuego de mi amor tardío.
------------------
hace dano querer como te quiero porque,
tu olvido apagó el sol de mis días,
mi corazón de dolor se muere, mi soledad,
está desprotegida.
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hace dano querer como te quiero porque,
vivo solo para amarte,
deja que te quiera, déjame sonarte.
Para que la paz de mi corazón reviva.

                                                                       ** Angela Reyes 


Newtoniana - Arayr Olair Ferrari ( poesia premiada no concurso da Ação Cultural De Piracicaba de 1979 )

" Se, por acaso te vierem à memória
Os momentos felizes, que não foram poucos, 
Trunca a lembrança e vem revivê-los
Porque ainda há tempo, neste tempo louco.

Pois, o meu amor, a despeito de tudo, não para,
Continua ainda reclamando pelo teu
Na razão direta da atração dos nossos corpos
E na razão inversa do quadrado
Desta imensa distância que nos separa."



versos livres na memória_ Ana Marly De Oliveira Jacobino


versos livres leva na memória,
menina feiosa num dia friorento
vê a beleza fosforescer sua vida!
num jardim tombado em cores
sobre o tempo de vivaz alegria, 
no museu Felícia Leiner, canta!




cântico de honor gregoriano
invoca aos céus a sua frente,
asas para voar a pedra do baú!
versos livres carrega a poesia
feita de lembranças buliçosas
desta menina vestida de mulher!




sentada ali no banco da estação 
espera o trem, um caleidoscópio,
ritmado, tchupritchuchupri, apita!
o cardigan que carrega nos braços,
garota feiosa, num tempo,tão célere,
agora, enfeita os ombros, da mulher!

## Cara Ana Marly, bom dia!

Recebemos a sua poesia com grande alegria e entusiasmo! Ela é linda e emocionante. Pudemos ver a tal “menina feiosa”... 
Obrigada por participar! A poesia será publicada em nosso Facebook dentro do mês de abril, em homenagem ao aniversário da cidade. 
Espero que possa acompanhar e que se alegre ao vê-la publicada! Ela também integrará o “Pé de Poesias de Jordão”, ficando exposta no Museu Felícia Leiner e Auditório Cláudio Fontoura em Campos de Jordão por tempo indeterminado a partir do dia 29 de abril. Venha conferir!
                          Agradecemos mais uma vez pela sua participação. 

                                   Atenciosamente,

                                                 Museu Felícia Leiner

terça-feira, 24 de maio de 2016

Orgulho Poético, Sarau Literario Piracicabano enfeita " A Tribuna Piracicabana"




Bepa e os doces portugueses... Ana Marly De Oliveira Jacobino

Festa das Nações é sempre um encontro gastronômico revelado de surpresas! Sonho do paladar dos mortais são as delicadas massas folhadas açucaradas dos doces portugueses: gracinha de Cascais, pastel de damasco, pastel de maçã, pastel de Santa Clara, trouxinha de banana, torta de avelãs, nozes,... Um show pirotécnico de sabores açucarados anovelados em massas de ovos...
Fila para comprar! Fila para apreciar as gostosuras! Nada nos tira do sério, afinal, filas foram feitas para nos deixar salivando, nos preparando para saborear estas caixinhas voluptuosas de prazer!
A mana não pode ir á festa, mas, encomendou a sua caixa de sabores e doçuras, variadas! Escolher ou não escolher, eis a questão! Uma caixa de preciosidades para mim, e, outra para a Mana que ficou na responsabilidade da nossa tia!
Como um recém nascido, lá ia segurando a minha caixa com todo cuidado! Vez, ou, outra, parava para saborear um quitute, então, contava com a colaboração da minha prima que, a segurava junto ao peito, acocorocando-a perto do coração!
Mostrei minha preocupação ao ver as doçuras penduradas numa sacola plástica no braço da minha tia, indo pra lá e pra cá! Bicho carpinteiro! Pois é, a Bepa é hiperativa! Agitação é o seu nome! De repente, não mais que de repente..., ela derruba a sacola adocicada ao chão!
Perplexidade! Susto!
“Chiiiii viraram omelete?, ou, viraram papa de ovos cozidos!?”
“Hum! Delicia de pamonha!”
A tia saboreava o creme de milho, enquanto caminhava em direção ao Teatro do Engenho para assistir e ouvir o Concerto da OSP na regência de Ernest Mahe! Na sala do concerto ela se mexe e remexe na poltrona!
Sua filha me segredou ao pé de ouvido, como, o seu querido pai na sua calma franciscana falava ao vê-la neste furor..., acometida que, estava por dezenas de bichos carpinteiros...
“Bepa... se aquiete... se assossegue!”
Pois bem, ela consegue derrubar mais uma vez a caixa ao chão! Tomo a caixa em minhas mãos! Tarde muito tarde para colocá-la em segurança nos meus braços!
Chegando na minha casa abri a caixa para ver como estavam as doçuras...surpresa! Trincados, quebrados, amassados, farofentos ..., assim, os entreguei no dia seguinte para a minha irmã!

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Paulistenses...

A fonte inesgotável do talento cerca ZÉ TRINDADE! Enveredando por caminhos caipiras encontra-se Joao Umberto Nassif explorando nas palavras histórias de vidas! Ana Marly de Oliveira Jacobino
ZÉ TRINDADE... Isto mesmo! O célebre humorista brasileiro foi, além de humorista, um grande poeta/trovador. Aos cinquenta anos de idade publicou o livro "O Poeta Zé Trindade", que teve o prefácio de Jorge Amado. Além de outros livros de humorismo, como "Black-Out" e "Buraco de Fechadura".

Olheiras como essas tuas,
é dificílimo vê-las.
- São duas noites sem lua,
velando duas estrelas!
Nos dedos das minhas mãos
conta os beijos que te dei:
foram dez... dez beijos vãos,
como os sonhos que sonhei.
Teu olhar no meu olhar,
tua mão na minha mão;
a mão querendo ficar,
mas o olhar dizendo não!
Esta mulher que passou,
num rebolar incontido,
meu pensamento levou,
nas dobras do seu vestido.
No meu livro de lembranças
hoje só resta a saudade:
Saudade das esperanças
perdidas na mocidade...
Nassif sempre a frente do seu tempo vai interagindo sua vida: com, junto, e, além das palavras... num movimentar de orações coordenadas e subordinadas construindo discursos para colecionar vivências, vale lembrar das suas colunas semanais de entrevistas a pessoas ilustres na Tribuna Piracicabana! Escrever histórias é como enrolar novelos de vidas na sua busca incessante para guardar na biblioteca da memória, as aventuras colhidas por ele..., por isso, os livros fazem parte deste contexto deverás motivador das suas andanças! Como rejeitar um livro usado? Contadores de tantas histórias! Nele são guardadas as verdades, e, as mentiras dos homens na sua busca para desvendar os mistérios por eles desconhecidos... Assim, enquanto, houver pessoas, como, o João, o livro continuará existindo com todo o glamour nas prateleiras das bibliotecas formando o mundo ideal num recanto tão lindo! Por isso, recontar histórias é preciso! Por isso, hoje, contamos um pouco da história do José e do João!
Sua benção Milton da Silva Bittencourt! Sua benção João Umberto Nassif! Saravá!
## Publicado no Caderno do Sarau Literario Piracicabano de 12 de Abril de 2016