quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Iosif Aleksandrovich Brodsky

"Eu não acredito em movimentos políticos. Acredito em movimentos pessoais, ao movimento da alma, quando um homem olha para si mesmo e está tão envergonhado que tenta fazer algum tipo de mudança - dentro de si mesmo, não do lado de fora." Joseph Brodsky (Iosif Aleksandrovich Brodsky)
28 de Janeiro de 1996 morre Joseph Brodsky, pseudônimo de Iosif Aleksandrovich Brodsky Brodsky entrou em conflito com as autoridades soviéticas e foi expulso da União Soviética em 1972, estabelecendo-se nos Estados Unidos com a ajuda de W. H. Auden e de outros escritores. Ele ensinou, posteriormente em universidades, incluindo a de Yale, Cambridge e Michigan.1
                             Foi agraciado com o Nobel de Literatura de 1987


"Existem crimes piores do que queimar livros. Um deles é não os ler. " Joseph Brodsky 

A vida é um jogo com muitas regras mas sem árbitro. Aprendemos a jogá-la mais por vê-la do que através da consulta de qualquer livro, incluindo o livro sagrado. Não é de admirar, então, que tantos sejam batoteiros, que tão poucos vençam, e que tantos percam.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Reflexão...

"Na sombra o mistério envolve o silêncio preparando-o para a verdade... na luz, os vestígios mortais, camuflados em vida expõem a mentira !" Sexta-feira feita para a reflexão! Ana Marly De Oliveira Jacobino

Amálgama_ Ana Marly de Oliveira  Jacobino
 O cheiro do estrume misturado
 ao barro feito amálgama,
esperneia por entre as pedras,
mancha as solas das sandálias,
enquanto, o punhal recorta do rosto
o sorriso zombeteiro!
Liquefazem os valores apreendidos
na infância... tão perto da pureza,
coladas as costas, asas angelicais
envolvidas no papel crepom
sorriem para o voo imaginário!
Escorre por entre as pedras
o sangue rubro, mortal
gruda nos dedos sujos;
o punhal leva o anjo da vida
sorri numa troca grotesca
entre ele e a morte!

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

O Rio de Janeiro de Anibal Machado

 “O mar com que eu sonhava tanto, que me enchia a imaginação, estava ali perto, ao alcance da mão. Saber que, abrindo a janela, iria encontrar a sua imagem poderosa, a aragem salina, oh! só isto valia tudo para o filho da montanha”. Anibal Machado




Naqueles tempos em que Ipanema era uma quase província, a praia uma imensa faixa de areia, iluminada à noite por postes americanos, os prédios baixinhos, o trânsito de poucos carros e toda a gente andava sem medos, a casa de número 487 na Visconde Pirajá, com suas janelas verdes e suas portas abertas, era ponto de encontro marcado dos mais diversos artistas.
 
Seu proprietário era o escritor Aníbal Machado, seis filhas, 13 livros e centenas de amigos, um homem de rara humanidade e autor das mais belas e poéticas páginas da literatura nacional. É lembrado até hoje por sua capacidade criativa e de agregar e manter à sua volta todos os talentos possíveis que marcaram e surgiram naquela época. Foi essa Ipanema mágica que acolhia as famosas “domingueiras do Aníbal”, em que todos eram bem vindos e discutia-se Freud e Kafka com a mesma energia com que se dançava foxtrote  e boogie woogie.
 
 Foi na mineira Sabará que Aníbal nasceu, dia 9 de dezembro de 1894. Cidade banhada pelo Rio das Velhas, de águas que acompanharam as memórias do escritor, e de onde ele se mudou para Belo Horizonte, aos 11 anos.  Veio concluir o curso no Rio de Janeiro. Na década de 1930, funda com Apparício Torelly (o barão de Itararé) o periódico O Jornal do Povo, de vida curta. Colabora ainda com revistas e suplementos literários de importantes jornais como O Correio da Manhã e Diário do Povo. Em 1941, é publicada uma de suas palestras, proferida nesse ano, com o título O Cinema e Sua Influência na Vida Moderna. No mesmo ano, é responsável pela organização da divisão de arte moderna do Salão Nacional de Belas Artes (SNBA). Lança, três anos depois, seu primeiro livro de contos, Vila Feliz, e é eleito presidente da Associação Brasileira de Escritores. Organiza, em 1945, o 1º Congresso Brasileiro de Escritores, em São Paulo, no qual diversos autores elaboram a Declaração de Princípios contra a ditadura de Getúlio Vargas (1882 - 1954). Em seus últimos anos de vida, traduz e adapta, para O Tablado, grupo teatral amador que ajuda a fundar com sua filha, a dramaturga Maria Clara Machado (1921 - 2001), textos e peças de importantes escritores, como do tcheco Franz Kafka (1883 - 1924), do francês George Bernanos (1888 - 1948), e do russo Anton Tchekhov (1860 - 1904).
 
Na década de 1960, seus contos A morte da porta estandarte, Tati, a garota, O iniciado do vento (O Menino e o Vento,1967) e Viagem aos seios de Duília ganharam versões para o cinema, com colaboração do próprio Aníbal nos roteiros. Manoel Carlos adaptou vários contos de sua obra na telenovela Felicidade, exibida pela Rede Globo em 1991.
Teve seis filhas; entre elas, a escritora e teatróloga Maria Clara Machado, cultuadora e guardiã de sua obra.
Faleceu em  20 de janeiro de 1964 (69 anos) Rio de Janeiro 

TEIXEIRA, Marcos Vinícius. Aníbal Machado: um escritor em preparativos. 2012. 313 f. Tese (Doutorado) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, São Paulo.
 

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Ele é James Joyce

James Augustine Aloysius Joyce, morto há exatos 74 anos, jamais teria encurtado o nome e escrito os livros que transformariam a literatura ocidental no século 20 não fosse a ajuda dos amigos. Ele pagava as contas dando aulas de inglês e contava com o suporte financeiro do irmão...
 Sobre o Ulysses (publicado em 2/2/22), nem a própria família apoiou o resultado final. Sua tia Josephine considerou que o livro não era próprio para a leitura. Joyce respondeu dizendo: “se Ulysses não é próprio para a leitura, a vida não é própria para viver” – as frases são de um texto biográfico escrito por Brett Foster para uma coleção de estudos organizada pelo crítico literário Harold Bloom, sem publicação no Brasil.
 
Aliás, desde o início de 2012 as obras de Joyce estão no domínio público. Além das traduções de Caetano Galindo (Penguin Companhia) e Bernardina da Silveira Pinheiro (Alfaguara) de Ulysses, estão em circulação por aqui edições de vários outros livros de Joyce, publicados antes e depois da morte do autor, como Retrato de um Artista Quando Jovem, Dublinenses, Finn’s Hotel e até mesmo o interminável Finnegan’s Wake. A lista é longa.
E como diz o Drummond naquele poema bonito (que provavelmente teria a aprovação de Joyce): “sejamos docemente pornográficos”.

 http://cultura.estadao.com.br/blogs/radar-cultural/revolucionario-do-seculo-20-james-joyce-morria-ha-74-anos/

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Na ponta do lápis de cor...


Na ponta do lápis de cor..Ana Marly De Oliveira Jacobino
** Escorre rio vermelho leva a morte 
para o seio do continente africano
no pastoreio as almas foram pegas
encarceradas as mãos usurpadoras,
maldita fome do poder!
Hererós e Namaquas gritam pela vida
em Damaraland.
Roubados em sua dignidade
esbarram na fome
amante perdulária da tirania!
Hererós e Namaquas imploram pela vida
em Damaraland.
Sacrificados pela corrupção
esfomeada dos comerciantes
lascivos roedores da vida!
Hererós e Namaquas lutam pela vida
em Damaraland.
Trucidados nos campos de batalha
mortos nos campos de concentração
criados no seio da Mãe África!
Crianças e Mulheres Hererós e Namaquas
Esfomeados morrem de inanição
Pelas mãos usurpadoras...
Pelas mãos colonizadoras...
Esterminados em Shark Island,..
Exterminados noTimor Leste...
Exterminados na Bósnia...
Exterminados em Porajmos...
Exterminados em Ruanda...
Exterminados na Armênia...
Exterminados no Camboja...
Exterminados na Ucrânia...
Exterminados no Holocausto...
Raça, Religião, Poder...
Genocídio!
Na ponta do lápis de cor... !
Vermelho...
Charlie Hebdo!
"Je suis Charlie"
“Je suis Hererós e Namaquas...”
“Je suis holocauste...”



#Deixo aqui a minha indignação aos genocídios praticados aos povos indígenas, negros, inclusive ao grande genocídio praticado no hospício do Brasil, conhecido por Colônia, situado na cidade mineira de Barbacena.
Ana Marly de Oliveira Jacobino

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Parabéns Umberto Eco...

"Umberto Eco escreveu obras primas de valor incalculável!"
Umberto Eco (nasceu dia 5 de janeiro de 1932, em Alexandria (Alessandria), Piemonte, Itália); escritor italiano.

Umberto é reconhecido por seus estudos sobre semiótica, estética medieval, comunicação. Na literatura ele iniciou em 1980, já com uma obra que o consagrou, O Nome da Rosa. Nos anos 60, Eco se dedica às pesquisas em torno da arte poética atual e a diversidade de significados, que têm como fruto a edição do livro de ensaios Obra Aberta (1962). 
  
 

"Eu definiria o efeito poético como a capacidade que um texto oferece de continuar a gerar diferentes leituras, sem nunca se consumir de todo. "