quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Dialeto Caipira um falar próximo do português do Brasil e Portugal antigo.

A caipirada que tumém gosta de recitá e cantá de tanta filicidade, tá cós dente de fora num riso de bocó, incontrando esse tar de falar caipira aqui no brog,intão, um iscrarecimento desse tar do “dialeto caipira”,que sempre envorve uma discussão, i, pra crarear as idéia aqui vai uma ixpricação.
Dialeto Caipira um falar do interior do Brasil   _ Ana Marly de Oliveira Jacobino
 


O caipira usa um falar, o dialeto caipira que, muitas vezes, preserva elementos do falar do português arcaico (como dizer "pregunta" e não "pergunta") e, principalmente, do tupi e do nheengatu . Nestas duas línguas indígenas não há certos fonemas como o "lh" (ex: palha) e o "l" gutural (ex: animal). Por este motivo, na fala do caipira, a palavra "palha" vira "paia" e "animal" vira algo como "animar". Este modo de falar, o dialeto caipira, é também conhecido como tupinizado ou acaipirado.

O núcleo original do caipira foi formado pela região do Médio Tietê, estão entre as primeiras vilas fundadas no Estado de São Paulo durante oBrasil (colonial) , e de onde partiram algumas das importantes bandeiras no desbravamento do interior brasileiro. Os bandeirantes partiam da Vila de São Paulo de Piratininga e desta região do Médio Tietê, nas chamadas monções, embarcando em canoas, no atual município de Porto Feliz, para desbravarem o interior do Brasil.

No quadrilátero formado pelas cidades de Piracicaba,Campinas, Sorocaba e Botucatu, no médio rio Tiête, ainda se preservam a cultura e o sotaque caipiras. Nesta região, o caipira sofreu muitas transformações, influenciado que foi pela maciça imigração italiana para as fazendas de plantações de café. 
Cornélio Pires foi quem melhor definiu o jeito caipira de ser. Levando em conta as origens, como o indígena brasileiro, a contribuição do negro trazido da África, a combinação com a cultura européia, especialmente a portuguesa e depois a italiana, tudo isso acabou por formar o cerne cultural específico do povo brasileiro: na culinária, na arte, na dança, na música e claro, no vocabulário rico e despojado à margem da língua oficial, a portuguesa.

A marca do caipira é sua capacidade para simplificar. São os tar “ataios”, ou mió, soluções indispensáveis para a conservação de seu bem-estar, especialmente quanto à linguagem. Para quê gastar tanto esforço em  pronunciar “eucalipto”, se é mais fácil dizer: “calipe, acalipe, calipar”? 
O falar caipira revela, a despeito dos justos argumentos dos defensores da língua pura (os tar dos purista), apenas e tão somente o jeito mais fácil de comunicar. Comunicação, por sinal, direta, objetiva e pessoal, porque certamente não existe um meio melhor para se transmitir uma mensagem, e isto o caipira sabe muito bem fazer.
 

No hino do XV de Novembro de Piracicaba existe muito folclore. A região tem uma alta produção de cana de açúcar e com isso havia uma enormidade de pessoas simples, que viviam do corte da cana, os famosos "pé vermeio" em alusão aos pés sujos da terra vermelho vivo que é característica da região.  
 Hino Popular do XV de Piracicaba
Cáxara de forfe 
cuspere de grilo 
bicaro de pato 
asara de barata 
nhéque de portera 
já que tá que fique 
viemo numa combi véia 
sem óio de breque 
de orc de raibã 
GOOOOOOOOOOOOR 
carcanhá de bode 
tocera de grama 
já que tá que fique 
GOOOOOOOOOOOOR 
trei veiz cinco é XV 

Agora vibre com o hino do XV DE PIRACICABA - HINO OFICIAL e HINO CAIPIRA 
http://www.youtube.com/watch?v=dSVX202IONo
                                                                                                Bibliografia:
RIBEIRO, José H. Música Caipira: da roça ao rodeio . São Paulo: Editora 34 Ltda, 1999.
AMARAL, Amadeu. O dialeto caipira. São Paulo: HUCITEC, 1976.
http://agendaculturalpiracicabana.blogspot.com/2009/05/o-hino-mais-caipira-do-planeta-e-o-time.html
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,sotaque-caipira-saiu-da-capital-diz-estudo,643088,0.htm
google   yotube

7 comentários:

  1. Querida amiga

    Como diz
    Rolando Boldrin:

    "-É preciso tirar
    o Brasil da gaveta..."

    Que todos os dias
    os sonhos nasçam em ti,
    como nasce o sol pela manhã...


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  2. Verdade, professor Aluísio... e como a cultura brasileira é diversificada e bela. CaipiracicabANA Marly de OLiveira Jacobino

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  3. Ana Marly, acabo de postar seu poema em SEM OLHARES CRÍTICOS!!!
    Espero que goste, pois para nós é um prazer ter uma obra sua por lá.
    Grande abraço e lindo sábado!!!

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  4. Acho muito dificil entender essa linguagem caipira..
    Mas, neste mundo de Deus, tudo se aceita e se respeita, só não vale ensinar novos alunos escrever errado, pra não aumentar os erros do ENEM...
    Gostaria de ler seu poema citado acima, mas, onde está?
    Agradeço o envio do calendário do Sarau 2013. Tomara que Deus permita que eu esteja por lá
    participando , aplaudindo e me enriquecendo com tão nobres companhias!

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  5. Pois é, o "dialeto caipira" como podemos perceber não está errado, é um falar do século XIX, muitas palavras do nheengatu, O caipira usa um falar, o dialeto caipira que, muitas vezes, preserva elementos do falar do português arcaico (como dizer "pregunta" e não "pergunta") e, principalmente, do tupi e do nheengatu . Nestas duas línguas indígenas não há certos fonemas como o "lh" (ex: palha) e o "l" gutural (ex: animal). Por este motivo, na fala do caipira, a palavra "palha" vira "paia" e "animal" vira algo como "animar". Este modo de falar, o dialeto caipira, é também conhecido como tupinizado ou acaipirado.infelizmente o que eles fazem no ENEM não chega nem perto do dialeto caipira...é burrice, mesmo...CaipiracicabANA

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  6. Caríssima Malu uma surpresa maravilhosa ver meu trabalho aqui nos Sem Olhares Críticos... fiquei muito feliz e agradecida... me surprendi com a sua publicação. Obrigada. Abraços POéticos desta CaipíracicabANA Marly de Oliveira Jacobino

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  7. Obrigada pela explicação do dialeto acaipirado.
    Nunca é tarde p'ra aprender!
    Agora, os brancos deviam usar costumes mais civilizados, e seguir as maneiras dos indios, de se tatuar com tintas laváveis (lindos desenhos pelo corpo, no rosto) e não se marcarem como os judeus do holocausto ou os presidiários! Credo! Longe de mim!
    Fale mais dos indios: são nossos irmãos ingenuos e,,,,talentosos!
    Cultura, aqui!!!!

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