sábado, 29 de dezembro de 2012

Novo!? Final!?


                                Fim!? Ana Marly de Oliveira Jacobino
Tony Bennet e Ana Carolina cantam num dueto de incomparável harmonia na sala da casa do meu vizinho. Penso que, o ano está terminando para ele, e, para seus vizinhos, num tremendo bom gosto musical. Na minha cozinha preparo o prato da última ceia do ano de 2012.
Fim!?
O caminhão do gás passa tocando Füer Elise, obra para piano de Ludwig Van Beethoven. A vinheta explora os sentidos... Maçante ouvi-la, afinal, sadismo capitalista este, marcado para nos lembrar: “o gás da sua cozinha está chegando ao fim!”, até, a bela melodia de Beethoven é esquartejada em pedaços e devolvida mutilada aos nossos ouvidos.
Um ano passa rápido para alguns e para outros anda devagar... percepção da passagem do tempo a parte, mudanças ocorreram na sociedade moderna,  a individualização deixa cada vez mais para trás a raiz familiar, adotando a máxima do contexto contemporâneo de: “cada um agir em função dos seus problemas do dia-a-dia!”.  Sozinho, o individuo, assume os riscos de uma vida marcada pela solidão, e, de tudo, o que dela poderá acarretar!
Fim!?
O ano de 2012 foi marcado pelo temor do fim do mundo para alguns crédulos em teorias catastróficas visando, o fim da humanidade, por consequência, do seu tempo! Nós, brasileiros marcados pela corrupção desenfreada nos poderes públicos, medimos o tempo pelo relógio do STF!  Após, 53 sessões, 137 dias se passaram, para que, perplexos..., ficássemos sabendo a notícia do encerramento do julgamento do mensalão, cassando o mandato de deputados envolvidos no escândalo. Mudança na justiça!? Talvez! Mas, pela primeira vez, o famoso jeitinho dos corruptos brasileiros de terminar “tudo em pizza”, dá a nítida impressão de não acontecer!
Fim!?
Ano Novo: promessas de mudanças!
Espero ver, os corruptos sendo julgados e tendo suas penas marcadas com rigidez.  Espero ver, cada cidadão perceber a importância do plantio de uma árvore e dos seus cuidados para a melhora do clima do seu entorno. Espero ver, cada cidadão prestar mais atenção no seu lixo e no que faz com ele.  Espero ver, cada cidadão de olho no trabalho do político eleito por ele. Mudar é preciso! Pequenas mudanças devem começar a acontecer para cada um, a partir de hoje, não espere pelo ano que vem. Mude! Mas, mude já! Fim!?
Veja o que defesa, ministros e o procurador-geral disseram 
                    Novo!? Final!?_ Ana Marly de Oliveira Jacobino
Fogos de artifícios correm pelos céus
  Livres rastros das estrelas cadentes,
   Demonstração humana,  frugal alegria,
    Enquanto isso, os animais estremecem,
     Teimosos, sobreviventes das cidades!
       Taquicardia a parte, velho, arruinado,
        Pela corrupção, encara a sua alforria,
         Vê a morte como soldado no fronte,
           Vencedor ou vencido terá liberdade!
            Gozar o novo numa espera doentia,
             Encastelado em valores sonegados
              Através da morte da espiritualidade!
            Novo!? Final!?  Novo!? Final!? Novo!?
      Novo!? Final!?  Novo!? Final!?  
              Novo!? Final!?  Novo!?
                    Novo!? Final!?
                           Novo!?  
 
Rastros de estrelas sobre o Oregon (USA)  fotos googles

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Um Natal bem diferente...

Branco, o Natal tropical_ Ana Marly de Oliveira Jacobino

       Tudo ali cheirava mofo. Casa feita de madeira compensada, frágil, mas de custo baixo.  Toda refeita, o fogo queimou a anterior. Perda total! Tito só queimou as mãos. Queimadura de segundo grau... tentou salvar Pepita, a cadela do casal.
         Dois dos seus filhos estavam presos desencaminhados pelos traficantes desde crianças.  Conhecidos como, aviõezinhos, ou, mulas, serviam de ponte entre o traficante e o usuário.  Tito não tinha tempo para participar da educação dos meninos, sempre... trabalhou no lixão, profissão: catador. Berenice sua mulher, também, catadora, mãe dos seis filhos vivos do casal levava-os juntos, ora, na barriga, ora, já, exposto ao mundo devorador.
           Eles contavam os meses pelo lixo que catavam... Fevereiro e Março, muitas penas coloridas, restos de tecidos bordados, máscaras, e camisinhas..., isto mesmo, milhares de camisinhas enroladas em restos de lixo. Abril dos papéis brilhando com o doce do chocolate davam conta da Páscoa, eles, souberam desta novidade pelo Tonico, o Professor. ‘“Data importante esta, pois, um homem, dado como morto conseguiu voltar à vida.” Não acreditaram nesta prosa, o Tonico gosta de aumentar tudo...
         Maio, mês de Berenice... a mulher troca tudo no barraco! Panelas, pratos, facas, garfos, potes plásticos...  E, com ela, as novidades são: batom, calcinha, sutiã, meia calça, sapato de salto alto, peruca, pó de arroz, vestido florido... Repaginada total no visual. Tito ao vê-la tão bonita fica todo ouriçado. Gravidez na certa!
        Calendário Festivo no lixão adentra pelo ano.
     Dezembro, mês dos papéis bonitos de presente. Vermelhos com motivos de árvores, os dourados trazem um velho gordo de barba branca... Cartões com fotos de uma família arrodeada por animais, quase não são mais encontrados por lá... Tito percebeu o “Velho gordo e barbudo” de roupa vermelha foi tomando o lugar daquela família.
        Tito e Berenice recolhem os restos de farofa, pernil, peru, tender das quentinhas de alumínio... para os seus bacuris, futuros aviõezinhos do   Morte Lenta, o dono da favela.
         Dia de Natal folga dos catadores, a fome garante o lugar no barraco.
         Música alta no carro de som. Filharada na porta! Homem de barriga grande, barba branca, vestido de vermelho carrega um saco. Uma cambada vestida de verde... gorro pontudo na cabeça empurram as pessoas... truculência desnecessária destes ajudantes do bom velhinho!  Tito chega perto do homem vermelho... recebe um presente. Sorri! Frango assado com farofa, pão, bolo... tudo envolvido num saco plástico. Agradece! Beija a mão do santo! Natal sem fome!
     Barriga cheia! Bacurizinhos felizes! Tito se lembra do sorriso daquele bom velhinho de vermelho... “Ah! Eu sabia que o nosso protetor é o Morte Lenta!” Vira de lado e dorme o sono dos justos! O sono de um catador! O sono de mais um trabalhador brasileiro! E, sonha com ruas limpas e a sua casa de tijolos. Sonha o sono do super-herói: o reciclador.
 
 Capitalismo Natalino_ Ana Marly de Oliveira Jacobino

Rua 25 de Março aglomerada
Empurra, empurra, empurra...
Sacolas recheadas de valores
Desvalorizados pelo mundano
Jeito capitalista do ser humano!
Menino Deus feito de plástico
Sorri um sorriso de abandono
Trocado por um gorducho,
Branquelo de roupa vermelha.
Luzes, câmera, ação...
Canal de televisão entra no ar.
Morte do filho de José, o carpinteiro
Por bala perdida acaba com o Natal
Lá no bairro Belenzinho, o silêncio
Dolorido abafa a dor de Maria,
Agora, sem seu filho,
Enquanto isto, Noel passa no caminhão
Carregado de Coca cantando o Jingle Bells! 


                                                                                   fotos google

sábado, 22 de dezembro de 2012

Natal é Poesia...

Meus Amigos... são meus amores, que me carregam no colo nos infindáveis momentos de alegria ... e me colocam perto do coração nos  momentos de tristeza... são a minha força, o desejo de lutar pela vida, sempre! Lindos os meus amigos me amparam e me dão colo aquecido... para eles um Natal abençoado pela alegria de poder eternizar a vinda da luz no símbolo máximo  da verdadeira amizade personificado em Jesus Cristo! Santas bênçãos neste Santo Natal_ Ana Marly de Oliveira Jacobino
Presépio Natal  
Caderno de Publicações do Sarau  Literário Piracicabano 11/12/2012 Parte 2
                Tristeza e solidão_ Ondina Bueno Toricelli
Estou só, e ninguém pode preencher este vazio

Como espectro  atrás da cortina vendo o nada
A luz do poste  no meio da névoa é opaca
E os cães se aquietam esperando a madrugada.
*Uma buzina restrugiu na rua escura  sem asfalto
Em frente as moradas de barracos  ao lado do rio
Onde  crianças famintas demoram a dormir
Com seu estômago rugindo como trovão bravio.
#É triste o gemido do vento nos beirais do zinco
Parece vozes de almas  em  sussurros doloridos
Aguilhadas  gemem  em soluços lacerantes
Trazendo misérrima dor aos meus ouvidos.
#Ninguém para entreter minha dor ofuscando este vazio,
Nem mesmo  a presença de uma  mariposa a se debater
Contra a lâmpada escaldante queimando suas asas,
É outra condenada como eu que se contorce até morrer.
#Estou só e propensa a qualquer desatino nas trevas
Tenho ânsias de fugir correndo pelas ruas desertas
Encontrar alguém, ou até mesmo um cão vadio,
Para me fazer companhia nesta hora incerta.
#Procuro me distrair esfregando minhas mãos
Passando os dedos pelos meus cabelos em desalinho
Sou como a garça solitária que mora à beira do rio
Que  triste contempla as águas levando seu ninho.
 Ouça o Receita Caseira _ Angela Tuppy, Ariadne Teixeira, Mirna Adamoli, Murilo Beltrame, Osvaldo Nogueira
Arranjo Maestro Osvaldo Nogueira) A
deus Guacyra - Hekel Tavares e Joraci Camargo__ http://www.youtube.com/watch?v=kT374OT7S8o&feature=youtu.be
 
"Conheci Décio Pignatari em uma das suas palestras sobre arte, poesia, política e literatura, então, percebi o motivo dele ser considerado polêmico; ideias fortes, uma lingua ferina,  em uma das palestras disse:"O Brasil nunca teve escritor  de cunho universal!" Nas suas palestras notei Décio, incrédulo e irônico, sempre! Décio marca presença na história da literatura brasileira junto com  os irmãos Augusto e Haroldo de Campos, tornou-se um dos principais idealizadores da poesia concreta.""
                                            Ana Marly de Oliveira Jacobino
Tributo ao imortal Decio Pignatari morto no dia domingo 02 de Dezembro de 2012

                             Poesia Concreta_ Ana Marly de Oliveira Jacobino

igualtudomuitoigualtudomuitoigualtudomundo
igualtudomuitoigualtudomuitoigualtudo
igualtudomuitoigualtudomuitoigual
igualtudomuitoigualtudomuito
igualtudomuitoigualtudo
igualtudomuitoigual
igualtudomuito
igualtudo
                                                                              igual

 
Repleta_ (Julia Deffende)

Sinto um vazio completo de lucidez
Um nada repleto de alegria
E um medo recheado de coragem
E então eu temo...
Temo pela dor que ainda não senti
Pelo amor que esta por vir
E pelo seu sorriso que ainda não conheci.
Então entrego minha alma para a alegria
E sem nenhuma covardia,
Rio repleta de alegria,
Com coragem vou seguindo
Sem deixar de temer,
Pois o meu grande e iluminado dia vai chegar
Para me fascinar e me completar.
                                   google e youtube

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

"A vida é um lago colorido numa festa circense !"


"Obrigado, querida amiga Ana Marly, pelos momentos inesquecíveis do nosso Sarau.
Mais uma vez, de mãos dadas com a alegria, vamos colorindo os nossos dias, para que a vida, pintada de música e poesia, fique mais suave e muito mais bela." Maestro Carlos Roberto Furlan
 Caderno de Publicações do
Sarau  Literário Piracicabano 11/12/2012 Parte 1
Nosso querido Amigo o Maestro Carlos Furlan  
Ouça Conjunto Caleidoscópio Carlos Roberto Furlan (violão e voz) e Suzi Furlan (voz): Ana Paterniani (flauta e voz), China na percussão em:
Nada além-Custódio Mesquita e Mário Lago_ http://www.youtube.com/watch?v=q5r_Qair4as&feature=youtu.be  
 Lívia Foltran Spada

         Segunda Homenageada do Sarau Literário Piracicabano é Lívia Foltran Spada:  
 Nasceu em 14 de maio de 1984, em Piracicaba-SP, sempre foi uma criança muito tímida, mas arteira até demais criando novas brincadeiras com a irmã e primos mais novos, desde esse momento  começou a fazer Arte.
Vejo as alegrias que pude proporcionar para a platéia... sentir as expressões em cada rosto e guardá-las na minha memória me fez cúmplice desta felicidade...  Contagiando e sendo contagiada pelos aplausos.

“Quero sair do lugar e voar
Quero sair e criar
Quero sair pra vivenciar
O mais belo atuar”

Sarau Aberto aos Participantes:
Refrigérios da Alma _Gisele Silva
  Se por ventura dias belos vives...
seria pela simplicidade do seu ser que apontas.
Belas quimeras de desejos infindos,
Num crepuscular de experiências sem fim.
  # Quisera todos fossem especiais assim...
tão únicos e insubstituíveis, tão apaixonantemente sinceros.
Vai enfim perpetuar... sua legitimidade íntima,
nos braços desse mundo vil.
  # Roga-se que as sementes dispostas...
em incondicional sentimentos,
sejam aproveitadas em renovação.
 
# Por peito traumatizado pela vida...

encontre sossego em crescimento,

 de seu valoroso pensamento em ação.
Conjunto Caleidoscópio no Sarau Literário Piraicabano (11 /12/2012) Carlos Roberto Furlan (violão e voz) e Suzi Furlan (voz): Ana Paterniani (flauta e voz), China na percussão em:Gente Humilde -Garoto, Chico Buarque e Vinicius de Moraes_  http://www.youtube.com/watch?v=A52hPHovSq0&feature=share

Cântico do Amor_Ana Marly de Oliveira Jacobino

Cântico de Amor na essência
Dos versos líricos, espelham
Alma lapidada pela poesia plena.
Migram palavras na harmonia,
Complexa, dual, personalidade
Humana, reflexo vivo de Eros,
Ferido, chagado por sua Psiquê.
Atormentada por sua crueldade
Anda pelos caminhos na busca
Do seu Amor. Aqui estou sem pena
Não estou vagando como: Psiquê,
Encontrei o caminho do “Amor”,
Palavra poética! Alegoria imortal!
Num poema! 

Apresentação da Professora @[100003772945671:2048:Josiany Shimla] com aluna  de um Tango Contemporâneo: http://www.youtube.com/watch?v=Cg3RAgzFWHY&feature=youtu.be

 Apresentação da Professora Josiany Shimla com aluna de um Tango Contemporâneo: http://www.youtube.com/watch?v=Cg3RAgzFWHY&feature=youtu.be


                          Aleluia_ Ângela Reyes

Aleluya aleluya, se aproxima Navidad,
Cantemos todos aleluya, vamos a celebrar.
Cuenta la historia que en un humilde establo
nació un lindo bebé. uau...  uau...  uau...
Dos animales lo caientaron del frío,
su madre le dió de mamar, y.
unos rústiicos pastores le llegaron a adorar.
Dicen que de lo alto del cielo una gran estrella decendió,
Guiando a poderosos reyes hasta dicho lugar.
Quien sería ese niño merecedor de tantos honores?
Angeles, pastores, reyes y estrellas le rindieron pleitesía,
me contaron que Hace muchos, muchos años el Padre del Cielo
prometió enviar un mesías de nombre Jesús
que nacería de una vírgen en la ciudad de Belén.
No tengo mas dudas!!! El bebé de la historia es el Salvador!!!
Unamos nuestras voces, en un solo cantar,
Cantemos para el niño Rey  ALELUYÁ  ALELUYÁ

                                                                        fotos google e youtube