"Ciência e Poesia juntas pelo progresso sustentável!” d’alma!"

                                               Mágica de verdade... Ana Marly de Oliveira Jacobino

 E a cada sarau tudo é novidade, tudo é diferente... tudo se torna magia... daquelas, sem truque, feita de verdade, pura realidade... Ala Kazan... Mais um sarau mágico vai aparecer diante dos seus olhos... Sin, sin, salabin... Ala Kazan... A alegria de coordenar um sarau, aqui na ESALQ, para “Luiz Vicente de Souza Queiroz” mostra que a magia existe de fato, Luiz de Queiroz fez da sua utopia, verdadeira magia e tudo se materializou a partir de seu ideal. Sarau Literário Piracicabano honrado por estar aqui, hoje, homenageando este grande brasileiro! 
Caderno do Sarau  Literário Piracicabano de 18/09/2012    no Museu e Centro de Ciências, Educação e Artes Luiz de Queiroz _Parte1

Ciência e Poesia juntas pelo progresso sustentável: Ana Marly de Oliveira Jacobino

Sonho! E, nos meus sonhos vivo numa Piracicaba escura, o martírio da sua população é crescer numa estagnação cruel e maldita. Lá pelos lados da saída da rodovia que, leva para a capital, prédios disformes tomam conta da paisagem. Tudo cinza! O céu está cinza! A cidade é cinza! O verde não faz festa aos olhos... árvores, flores, campos gramados deixaram de existir há tempos! “Urbanus Civilization Regis”! Acordo! Suando por todos os poros! Constato aliviada ter acabado de sair de um pesadelo. Olho pela janela do apartamento e lá está o seu imenso gramado cercado de árvores por todos os lados... Ela explora uma vivacidade radiante! Ela..., a Escola Agrícola tão sonhada e vislumbrada por Luiz Vicente de Souza Queiroz, está ali, como, uma ilha despontando no meio do caos urbano da cidade. Um visionário que não arrefeceu da luta, mesmo, recebendo tantas recusas das autoridades da sua época. Uma alegria imensurável aconteceu ao ler o convite da estimada Benedita Giangrossi (Bêne) para a realização do Sarau Literário Piracicabano, aqui na Esalq!

Soube pelo meu primo Cláudio Costa, há tempos passados, o seu intuito de pesquisar a árvore genealógica dos meus avòs maternos, ele teve a grata satisfação de descobrir que: Vicente de Souza Queiroz, o “Barão de Limeira” foi um dos nossos antepassados concomitante a esta descoberta, a surpresa de sermos parentes de Luiz de Queiroz.  Homenagear Luiz Vicente de Souza Queiroz é mostrar a importância da sua pessoa e do seu ideal para o progresso de Piracicaba, imaginem... se ele não tivesse doado a Fazenda São João da Montanha, para o estado... o pesadelo sonhado no início deste texto seria uma cruel realidade, agora! Uma cinza realidade de concreto e asfalto!

 Tô Mendes do Conjunto Choro de Saia (e de Calça) no momento da homenagem

E, como, presente para glorificar o nosso ilustre Luiz Vicente de Souza Queiroz, o choro veio de saia e calça, ops!, saiote alegrar este singular e belo ambiente; ouço com alegria e entusiasmo as apresentações de choro, por ele não ter um ritmo específico, ele, a todo instante nos revela surpresas pela maneira de poder ser tocado solto e sincopado, repleto de ornamentos e improvisações... e, o Choro de Saia (e de Saiote) prima por enriquecer os compassos evocando a beleza deste “tango brasileiro”. Tô Mendes, Sandra Regina Marques, Celinha Marchini , Augusto C. Vechini e Alexandre Wuensche contagiam com suas apresentações os seus ouvintes.

O Choro de Saia (e de Saiote) vibra na sua musicalidade inquieta, eufórica relatando através do diálogo junto as notas musicais a  habilidade dos instrumentistas na execução deste ritmo, aliado ao seu poder de improvisação. Para tanto, eles demandam muita dedicação, junto à técnica, tudo isto, precisa ser muito praticado, sempre!

Alegre e brejeiro identifico o sarau de hoje... as homenagens a Luiz Vicente de Souza Queiroz e ao Choro de Saia (e de Saiote) mostram a importância de levar adiante um ideal, visualizo cada um deles como um instrumento compondo o grupo, todos, com o mesmo brilho, quer sejam solistas ou acompanhadores. Luiz Vicente apostou numa serenata composta por alunos cantadores e encantadores da terra..., semeando com seu trabalho o progresso em Piracicaba... sua ESALQ, ao longo da história criou asas e voou levando seu conhecimento para longe,  por sertões nunca dantes cultivados.

A maneira chorosa que os músicos amaciavam certos ritmos em seus instrumentos fez a gênese do choro invadir os nossos dias repercutindo e desbravando nossas emoções... Aplauso a Luiz Vicente de Souza Queiroz e ao Choro de Saia (e de Saiote) pelo belo trabalho lavrando e musicando: Ciência, Poesia, Música...  juntas pelo progresso sustentável!

Ouça o brilhantismo do Choro de Saia, clicando em:

Tico tico no fubá_ http://www.youtube.com/watch?v=H-D4e01jKBg&feature=youtu.be

Sarau Aberto aos Participantes:

Ode à Primavera_ Elza Rodrigues de São Paulo, capital

É primavera

Quanta emoção

A sala de espera

Abre a estação

Em cima da mesa

Um vaso de flores

Ostenta suas cores

Eu tenho a certeza

Os gerânios invejando

Da jardineira brincando

Entre as folhas,de esconder

Mas o jasmim todo dia

No portão reverencia

A quem vem para nos ver

O grupo Josiany Shimla danças orientais com a apresentação do Encanto oriental- dança com snujs seguido de percussão. Vibre assistindo clicando em: 

http://www.youtube.com/watch?v=Jpl5izyFQwA&feature=youtu.be

MULHER VULCÃO _ Panaia

Á vezes eu comparo

As mulheres com vulcão
Em três categorias:

Ativo ,adormecido e extinto

A escolha de cada um

Por mim não será decidido
Eu só faço a explicação:

O ativo é atuante sempre em erupção
O adormecido pode acordar

E tomar conta da situação

O extinto desista

Este não acorda nunca
É vulcão em extinção

Não culpo ás mulheres
Pois elas não sabem

Em que categoria se encaixa

O amor dos homens por elas
Não depende do vulcão

Apenas o amor que emana do seu coração.

 

Conjunto Caleidoscópio Carlos Roberto Furlan (violão e voz) e Suzi Furlan (flauta e voz), China na percussão, Augusto C. Vechini na flauta

Ouça: Canção de Amor- Elano Paula e Chocolate

http://www.youtube.com/watch?v=BzdZt1v1eYw&feature=youtu.be

fotos google e youtube