sexta-feira, 29 de junho de 2012

Uma festa junina em pleno Sarau Literário Piracicabano


"Uma química descontraída esteve ao centro do nosso Sarau que homenageou Marie Curie e o maravilhoso grupo musical Porcelana Brasileira.
Mergulhados nas asas da noite, que se derramava com doçura, o nosso imenso cadinho foi recebendo os reagentes, cuidadosamente acrescentados.
Catalisados pela música, a poesia e o calor da platéia, não tardou para que os produtos dessa reação fossem aparecendo: beleza e emoção se espalharam
por todos os cantos, em cada conto, em cada canto. Uma noite, simplesmente, inesquecível.
Parabéns Ana Marly pelo seu, pelo nosso Sarau que é um convite aos eternos empreendimentos humanos, qualquer coisa de mais alto que o simples encanto da graça e da beleza: o encanto da verdade."
                    Abraços do Beto Furlan, em nome do grupo Caleidoscópio.
Ouça Asa Branca - Luiz Gonzaga / Humberto Teixeira_ http://www.youtube.com/watch?v=q3snYlKDVG4&feature=youtu.be
Primeiro homenageado do Sarau Literário Piracicabano é Patativa do Assaré é o nome artístico (pseudônimo) de Antônio Gonçalves da Silva. Nasceu em 5 de março de 1909, na cidade de Assaré (estado do Ceará). Foi um dos mais importantes representantes da cultura popular nordestina. Dedicou sua vida a produção de cultura popular (voltada para o povo marginalizado e oprimido do sertão nordestino). Com uma linguagem simples, porém poética, destacou-se como compositor, improvisador e poeta. 
Eu sou de uma terra que o povo padece
Mas não esmorece e procura vencer.
Da terra querida, que a linda cabocla
De riso na boca zomba no sofrer
Não nego meu sangue, não nego meu nome
Olho para a fome, pergunto o que há?
Eu sou brasileiro, filho do Nordeste,
Sou cabra da Peste, sou do Ceará.
Ouça com o conjunto Caleidoscópio: Tenho Sede - Dominguinhos e Anastácia : http://youtu.be/7LufmC8heo4
Segundo homenageado do Sarau Literário Piracicabano é o Flying Banana um trio de pop-rock formado por  (voz), Passoca (voz e violão) e Carlão (viola e violão de 12 cordas) na cidade de São Paulo, em meados da década de 1970. Seguindo a linha inaugurada por Sá, Rodrix & Guarabyra, que se convencionou chamar de rock rural, O grupo chegou a lançar um LP pela Philips em 1977, logo depois encerrando suas atividades. Na foto representando o Flying está Celso Duarte, arquiteto, compositor e cantor o homenageado da noite do sarau.

Bye bye_ Letra e música: Antonio Celso Duarte

Beijo você 
Não adianta baby
Ligo a TV
Não adianta mais
Este corpo de mulher na revista
A fotografia no jornal
A moral  
Marilyn Monroe
Se eu me lembro de você
Da Brigitte
Da vedete na TV
Hollywood Udigrude
 Midnith  Ease Rider
Woodstok
Do chiclete com banana
Ipanema Copacabana
Do Recife ao Piauí
Tuti fruti  Paraty
Carnaval Municipal
O exótico tropical
Bye bye
Tchau tchau (....)

Bye Bye (letra e música de Antonio Celso Duarte) No início dos anos 70, no pós 68, a juventude eclodia em busca da liberdade. Woodstock abria as portas da percepção. Filmes como Easy Rider acenavam-nos com novos caminhos. No Brasil, a repressão das idéias e ideais da juventude estudantil e as invenções do tropicalismo sucumbiram. Os mitos dos anos 60 foram partindo aos poucos. Assim surgiu esta música...bye bye, também já esquecida, ou apagada pelo tempo. Vale pela reflexão, 40 anos depois, qual é o nosso mundo e quais são os nossos novos valores?
Música: Bye Bye (autor: Celso Duarte)Gravação: Flying Banana em 1977. Flying: Brigitte Bardot, Marilyn Monroe, Scarlett Johanson, Ellen Rocche, Ana Nicole Smith, Jon Voight, Dennis Hopper, Peter Fonda, Jack Nicholson, Leila Diniz, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chacrinha, Janis Joplin.
                                     Ouça na voz de Antonio Celso Duarte:
     Bye bye_ Letra e música: Antonio Celso Duarte (Flying Banana)
http://www.youtube.com/watch?v=dEES9tJ8p9s&feature=youtu.be

Ode ao Poeta-Cantador_ Ana Marly de Oliveira Jacobino
Patativa do Assaré na sua simplicidade colocou a poesia na alma do povo simples. Patativa foi "lidando com as letras", espalhando palavras em forma de versos, refletindo a dura lida na terra ressequida do sertão nordestino nas estrofes dos seus poemas. A reforma agrária foi um dos temas marcantes dos seus versos, afinal, “Ai, como é duro viver nos Estados do Nordeste quando o nosso Pai Celeste não manda a nuvem chover...”, a literatura de cordel foi seu instrumento para cantar com força poética, as desventuras do seu povo: Eu sou brasileiro, filho do Nordeste, Sou cabra da Peste, sou do Ceará...”.
“Eu vou seguindo Poeira mato asfalto afora...” carrego o lenho nas costas, bem mais leve do que carregou o homem de Nazaré... tenho ao meu lado a força de sua mãe Maria e as suas lágrimas molham a terra do canavial, pisadas pelos pés do caminhante, o tagarelar do vento nas folhas acalanta a alma do pagador de promessa, o corpo cansado pelo esforço cria força para seguir o caminho. “Eu vou cumpri minha promessa Eu vou a Pirapora a pé...”
 Tenho cá comigo, que: Patativa do Assaré  e Flying Banana são duas forças no cantar poético do povo brasileiro, distintas, mas que se cruzam pelo caminho deste chão marcado pela história de sua gente refletida nas vozes dos seus poetas-cantadores.Meu Bom Jesus de Pirapora Guenta aí a sua cruz Eu vou chegando sem demora Eu vou e volto mais treis veiz Juro por Deus Nossa Senhora...”
“Pruquê, meu torrão amado, Munto te prezo, te quero E vejo qui os teus mistéro Ninguém sabe decifrá.  A tua beleza é tanta,  Qui o poeta canta, canta, E inda fica o qui cantá”  E, eu, aqui, escrevendo nesta tarde chuvosa, ouvindo o céu, tamborilar aqui dentro do meu peito, sentindo a graça de partilhar o bem que faz a alma este escutar melodioso dos versos marcados pela força profética dos nossos “POETAS _CANTADORES BRASILEIROS!”
Celso Duarte interpreta no Sarau Literário Piraciabano de 19 de Junho de 2012: 

 Pirapora _ Letra e música de Antonio Celso Duarte (Flying Banana)                      

                              http://youtu.be/eIsUht4mdKg


quarta-feira, 27 de junho de 2012

Minhas Tardes com Margueritte um filme inesquecível

O cinema nos proporciona a oportunidade de ler  um livro, através das imagens em uma grande tela acompanhada por amigas especiais. Imagine uma criança,  Germain (Gérard Depardieu) ser chamado de burro na escola pelo professor, pelos colegas e ao chegar em casa sua mãe (uma mãe solteira), que desconta no menino suas frustrações, sempre o humilhando na frente de todos. Baseado no  livro “La Tête en Friche”, de Marie-Sabine Roger, o filme foi dirigido por Jean Becker com uma capacidade maravilhosa de trabalhar um tema delicado com doses de humor e de alegria. Você não assistiu? Então, você esta perdendo! Um filme lindo! 
                                           Ana Marly de Oliveira Jacobino
Uma fina sensibilidade marca Minhas Tardes com Margueritte, produção francesa que estreia hoje nos cinemas. De um lado está o embrutecido Germain, papel do ator Gérard Depardieu, do outro, Margueritte (Gisèle Casadesus), uma frágil senhora de 95 anos. A inesperada amizade entre eles é o fio-condutor do filme de Jean Becker.
              Assista e se emocione com um fragmento do filme:

Minhas Tardes com Margueritte - Trailer legendado:


Do livro La Tête en Friche, de Marie-Sabine Roger, a trama apresenta Germain, um homem que vive num trailer numa cidade do interior da França, ao lado da casa onde mora sua mãe (Claire Maurier). Os dois vivem em pé de guerra e não se falam. Por meio de uma série de flashbacks, o diretor apresenta a infância difícil de Germain. Além de ser constantemente humilhado por um professor, é tratado com desdém e violência pela mãe. As cenas de forte carga dramática são quebradas pelo jeito boa praça e meio atrapalhado do Germain no presente.
Morando numa casa para idosos, Margueritte passa as tardes lendo para os pombos numa praça. Depois de alguns encontros, a senhorinha passa também a ler para Germain, que, por falta de apoio em casa e na escola, há muito abandonou os livros.
A amizade entre eles cresce, mas dois problemas ameaçam essa convivência. Por conta da idade, Margueritte pode perder a visão a qualquer momento e, para piorar, seu sobrinho ameaça cortar o pagamento do asilo onde vive. Sem pesar a mão no drama, o longa consegue encantar e emocionar na medida adequada. 
As informações são do Jornal da Tarde.
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terça-feira, 26 de junho de 2012

Michel Foucault: o adeus ao filósofo da análise das relações de poder

Michel Foucault (1926- 25 de junho 1984) foi um dos pensadores mais influentes do século XX. Mal interpretado pelos leitores e estudiosos de plantão. Michel é conhecido pelas suas críticas às instituições sociais, uma delas a psiquiatria, totalmente desumanizada em relação aos doentes, com hospícios repletos de doentes sem nenhuma qualidade de tratamento, ele via: o paciente como "a nossa impaciência pela liberdade"! 
                                        Ana Marly de Oliveira Jacobino
Foucault foi um autor prolífico, conhecido por obras como As palavras e as coisas (1966), Arqueologia do saber (1969), Vigiar e punir (1975) e A história da sexualidade (1976-1984). É um pensador difícil, profundamente interessado nos aspectos microfísicos e locais do poder e avesso à tentação de apresentar o Estado moderno como uma força unidirecional, unilateral e meramente repressora.

                      Assista ao: Debate de Noam Chomsky com Michel Foucault




"O heroísmo de identidade política teve seu dia. Este é, estamos a procura, e como a extensão dos problemas com que se debate a forma de participar e saiu sem ficar presa. Experiência com ... em vez de voluntários com ... As identidades são definidas pelas trajetórias ... trinta anos de experiência nos levam "para confiar em qualquer revolução, ainda que pode" compreender cada revolta "... dispensa da forma vazia de uma revolução universal deve, sob pena do capital total, acompanhado por uma lágrima conservadorismo. E com tudo o mais urgente que a sociedade está ameaçada em sua existência por esse conservadorismo seja pela inércia inerente ao seu desenvolvimento. "    Foucault

                                  Assista: Michel Foucault por ele mesmo


    Em 1954, Foucault publicou seu primeiro livro, a "Doença mental e personalidade", um trabalho encomendado por Althusser. Rapidamente se tornou evidente que ele não estava interessado em uma carreira de professor, de modo que empreendeu um longo exílio daFrança. Porém, no mesmo ano, ele aceitou uma posição na Universidade de Uppsala, naSuécia como professor e conselheiro cultural, uma posição que foi arranjada para ele porGeorge Dumézil, que mais tarde se tornou um amigo e mentor. Em 1958, ele saiu da Suécia para Varsóvia.
Foucault voltou à França, em 1960, para concluir a sua tese e uma posição em filosofia na Universidade de Clermont-Ferrand.

Michel Foucault - Um pensador


Em 1966 ele publicou As Palavras e as Coisas, que tem um enorme sucesso imediato. Ao mesmo tempo, a popularidade do estruturalismo está em seu auge, e Foucault rapidamente é agrupado com estudiosos e filósofos como Jacques DerridaClaude Lévi-Strauss e Roland Barthes, então visto como a nova onda de pensadores contrários ao existencialismo desempenhado por Jean-Paul Sartre. Inúmeras discussões e entrevistas envolvendo Foucault são então colocadas em oposição ao humanismo e ao existencialismo, pelo estudo dos sistemas e estruturas. Foucault, logo se cansou do o rótulo de "estruturalista". 
Foucault ainda está em Túnis, durante os acontecimentos de maio de 1968, onde ele estava profundamente envolvido com a revolta estudantil na Tunísia, no mesmo ano. No outono de 1968, ele retornou à França e publicou "A arqueologia do saber", como uma resposta a seus críticos, em 1969. Autoproclamado homossexual, morreu vítima da AIDS em 1984.
         "práticas reais e efetivas; estudar o poder em sua face externa, onde ele se relaciona direta e imediatamente com aquilo que podemos chamar provisoriamente de seu objeto (…) onde ele se implanta e produz efeitos reais (…) como funcionam as coisas ao nível do processo de sujeição ou dos processos contínuos e ininterruptos que sujeitam corpos, dirigem gestos, regem os comportamentos (Foucault, 1979)


FOUCAULT, M. "Soberania e disciplina". In: Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 1979. 
Espaço Foucault
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sexta-feira, 22 de junho de 2012

São João, a grande festança junina...

Fogueira é a marca deste santo que a história diz ser primo de Cristo. Ele, veio a sua frente para abrir os caminhos e iluminá-los, por isso, não pode faltar fogueira no seu dia.  Noite de São João é celebrada em 23 de junho, véspera da data de nascimento de São João (24 de Junho), João foi um pregador austero e de moral rigorosa, mas, escolhido pelo povo para grandes celebrações dionisíacas com muita dança, fogos de artifícios, comida, fogueira... Viva São João! 
                                                     Ana Marly de Oliveira Jacobino
A fogueira, o banho de cheiro, a poesia simples das cantigas do povo, o gosto bom da canjica, o perfume apetitoso das rosquinhas e dos bolos, as sortes, todo um mundo de esperanças, era assim que se festejava São João, sem dúvida a mais antiga e a mais brasileira das festas.

                   Música Quadrilha Festa Junina

São João é o mais comemorado entre todos, especialmente, na zona rural, quando em sua honra as festas contam com comidas especiais à base de milho como canjica e pamonha, por exemplo. A música geralmente utilizando a sanfona é própria para a ocasião, são queimadas fogueiras e usadas roupas típicas para a dança da quadrilha. Entre as brincadeiras destacam-se a pescaria, leitura da sorte, rifas e leilões.

                                 Gal Costa - Festa do Interior

                 http://www.youtube.com/watch?v=3u8twHoYqtE
Segundo a tradição, por milagre de Deus, Isabel de Zacarias geraram um filho, quando, pela idade, já nem pensavam mais que isto acontecesse. Para a Igreja Católica, a vinda deste filho teve um significado maior, o de preparar a vinda de Cristo. O João, como foi chamado, não só anunciou e preparou a vinda do Messias, mas o batizou nas águas do rio Jordão.
Acorda meu povo!
Vem ver a “acordação”.
Acorda todo povo!
Que é primeiro de São João.
Convites:
O livro 'Frei Paulo Maria de Sorocaba: Vida e Obra Visual' será lançado na sexta-feira (22), às 19h30 no Museu Histórico e Pedagógico Prudente de Moraes. Ele revela biografia do religioso que ensinava artes plásticas gratuitamente, curiosidades e depoimentos de discípulos e alunos e ainda traz uma análise dos trabalhos feitos pelo frei, o primeiro a ensinar a pintura de paisagens ao ar livre na cidade. 
           O autor, Cássio Padovani Martins Pereira, 47, é artista plástico e arte terapeuta. Pesquisa sobre o frei desde 1988 e decidiu, em 2005, retomar o projeto que será lançado com apoio do Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba (IHGP) e da prefeitura de Piracicaba. A editora é a Três Gatos e o livro será distribuído gratuitamente. 

www.recife.pe.gov.br
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quinta-feira, 21 de junho de 2012

Machado de Assis, hoje é seu aniversário...

"A vida sem luta é um mar morto no centro do organismo universal." Verdades que somente o "Bruxo do Cosme Velho" poderia ter nos deixado como legado. Machado de Assis, sem dúvida, foi um grande expoente da literatura nacional e afirmo, sem sombras de dúvida da universal. Joaquim Maria Machado de Assis nasceu no Rio de Janeiro, em  21 de junho de 1839, veio para mostrar a sua genialidade! 
                                       Ana Marly de Oliveira Jacobino
Escreveu em praticamente todos os gêneros literários, sendo poeta, romancista, cronista, dramaturgo, contista, folhetinista, jornalista, e crítico literário. Filho de um operário mestiço de negro e português, Francisco José de Assis, e de D. Maria Leopoldina Machado de Assis, aquele que viria a tornar-se o maior escritor do país e um mestre da língua, perde a mãe muito cedo e é criado pela madrasta, Maria Inês, também mulata, que se dedica ao menino e o matricula na escola pública, única que frequentara o autodidata Machado de Assis.
       Poema de Machado de Assis na voz de Miguel Falabella. Parte do CD "Momentos de Amor":
                              http://www.youtube.com/watch?v=kYfDVDGV2hc
        Aqui estou na FLIP ao lado da foto do meu querido Bruxo Machado de Assis.
De saúde frágil, epilético, gago, sabe-se pouco de sua infância e início da juventude. Criado no morro do Livramento, consta que ajudava a missa na igreja da Lampadosa. Com a morte do pai, em 1851, Maria Inês, à época morando em São Cristóvão, emprega-se como doceira num colégio do bairro, e Machadinho, como era chamado, torna-se vendedor de doces. No colégio tem contato com professores e alunos e é até provável que assistisse às aulas nas ocasiões em que não estava trabalhando.
   Mesmo sem ter acesso a cursos regulares, empenhou-se em aprender.  Consta que, em São Cristóvão, conheceu uma senhora francesa, proprietária de uma padaria, cujo forneiro lhe deu as primeiras lições de Francês. Contava, também, com a proteção da madrinha D. Maria José de Mendonça Barroso, viúva do Brigadeiro e Senador do Império Bento Barroso Pereira, proprietária da Quinta do Livramento, onde foram agregados seus pais.
                                   Um dos poemas mais lindos de Machado de Assis:
                              http://www.youtube.com/watch?v=kn1TsJT0j_Y
Sua extensa obra constitui-se de 9 romances e peças teatrais, 200 contos, 5 coletâneas de poemas e sonetos, e mais de 600 crônicas considerado o introdutor do Realismo no Brasil, com a publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881).  Um de seus amigos, Faustino Xavier de Novaes (1820-1869), poeta residente em Petrópolis, e jornalista da revista O Futuro,[ estava mantendo sua irmã, a portuguesa Carolina Augusta Xavier de Novais, desde 1866 em sua casa, quando ela chegou ao Rio de Janeiro do PortoSuas cartas endereçadas a Carolina são todas assinadas como "Machadinho

Seriado baseado no livro Dom Casmurro de Machado de Assis_ Capitu - Capítulo 1 - 

http://www.youtube.com/watch?v=pSnTjEV6MHM&feature=related


         Inspirados na Academia FrancesaMedeiros e AlbuquerqueLúcio de Mendonça, e o grupo de intelectuais da Revista Brasileiraidearam e fundaram, em 1897, junto ao entusiasmado e apoiador Machado de Assis, a Academia Brasileira de Letras, com o objetivo de cultuar a cultura brasileira e, principalmente, a literatura nacional.[
          O capítulo final de Memórias Póstumas de Brás Cubas é exemplo cabal do pessimismo que vigora na fase madura de Machado de Assis e do narrador morto:
Este último capítulo é todo de negativas. Não alcancei a celebridade do emplasto, não fui ministro, não fui califa, não conheci o casamento. Verdade é que, ao lado dessas faltas, coube-me a boa fortuna de não comprar o pão com o suor do meu rosto. Mais; não padeci a morte de D. Plácida, nem a semidemência do Quincas Borba. Somadas umas coisas e outras, qualquer pessoa imaginará que não houve míngua nem sobra, e conseguintemente que saí quite com a vida. E imaginará mal; porque ao chegar a este outro lado do mistério, achei-me com um pequeno saldo, que é a derradeira negativa deste capítulo de negativas: — Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria.
— Memórias Póstumas de Brás CubasCapítulo CLX
"Figuras do narrador machadiano". In: Cadernos de Literatura Brasileira, n. 23/24, jul 2008, Instituto Moreira Salles, São Paulo
 Brás Cubas em três versões. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
Assis, Machado deObra Completa, org. por Afrânio Coutinho. Rio, Aguilar, 1971.
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segunda-feira, 18 de junho de 2012

Patativa do Assaré e Flying Banana no Sarau Literário Piracicabano


Sarau Literário Piracicabano acontece em 19 de Junho (terça-feira) 19h30 na sala 2 do Teatro Municipal Losso Netto em Piracicaba. Tema:Patativa do Assaré  e Flying Banana duas forças no cantar poético do povo brasileiro ! 
  Coordenação: Ana Marly de Oliveira Jacobino

Patativa do Assaré é o nome artístico (pseudônimo) de Antônio Gonçalves da Silva. Nasceu em 5 de março de 1909, na cidade de Assaré (estado do Ceará) e faleceu no dia 8 de julho de 2002 em sua cidade natal.Com uma linguagem simples, porém poética, destacou-se como compositor, improvisador e poeta. Produziu também literatura de cordel, porém nunca se considerou um cordelista. Sua vida na infância foi marcada por momentos difíceis. Nasceu numa família de agricultores pobres e perdeu a visão de um olho. O pai morreu quando tinha oito anos de idade. A partir deste momento começou a trabalhar na roça para ajudar no sustento da família.
Eu sou de uma terra que o povo padece

Mas não esmorece e procura vencer.
Da terra querida, que a linda cabocla
De riso na boca zomba no sofrer
Não nego meu sangue, não nego meu nome
Olho para a fome, pergunto o que há?
Eu sou brasileiro, filho do Nordeste,
Sou cabra da Peste, sou do Ceará.                 

                                                       (Patativa de Assaré)
Ouça na voz de Patativa de Assaré

 SENHOR DOUTOR

Ganhou o apelido de Patativa, uma alusão ao pássaro de lindo canto, quando tinha vinte anos de idade. Nesta época, começou a viajar por algumas cidades nordestinas para se apresentou como violeiro. Cantou também diversas vezes na rádio Araripe.  No ano de 1956, escreveu seu primeiro livro de poesias “Inspiração Nordestina”. Com muita criatividade, retratou aspectos culturais importantes do homem simples do Nordeste. Após este livro, escreveu outros que também fizeram muito sucesso. Ganhou vários prêmios e títulos por suas obras. 
    Ouça na voz de Luiz Gonzaga :A TRISTE PARTIDA - PATATIVA DO ASSARÉ:

                   http://www.youtube.com/watch?v=r-8rsqTJi-0

              Segundo homenageado do Sarau Literário Piracicabano é o
                                                             Flying Banana
Flying Banana um trio de pop-rock formado por  (voz), Passoca (voz e violão) e Carlão (viola e violão de 12 cordas) na cidade de São Paulo, em meados da década de 1970. Seguindo a linha inaugurada por Sá, Rodrix & Guarabyra, que se convencionou chamar de rock rural, O grupo chegou a lançar um LP pela Philips em 1977, logo depois encerrando suas atividades.
O ícone paulista dos anos 70. Escute e vibre com o estilo musical caipira, que tanto amamos:


 "Eu vou a Pirapora a pé" veio antes da gravação de Renato Teixeira em que menciona Pirapora)
                                                            http://youtu.be/EgCZcSNwNhY
                                          Escute na voz do Flying Banana Curió Piracicaba:

Mazinho Quevedo canta Pirapora composição de Antonio Celso Duarte (Flying Banana): 

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