quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Contos, Crônicas e Poesias na publicação do Caderno do Sarau Literário Piracicabano!Agend@

Caderno do Sarau Literário Piracicabano publica os trabalhos enviados para o Sarau de 14 de Dezembro de 2011! (Parte 1)
                                                                          BALANÇO
Todo fim requer um acerto de contas, verificar qual foi o saldo, o que se lucrou ou se perdeu.
Chegamos – graças a Deus, a mais um fim de ano. Ano difícil cheio de insegurança: pessoal, econômica e policial. Cheio de esperanças, que só não perdidas porque as tivemos.
O que lucramos? Obtivemos mais experiências, aprendemos a lidar melhor com nossas frustrações.
O que perdemos? Além da defasagem financeira, perdemos também o atrevimento de tentar mudar tudo isso.
Qual foi o saldo? Positivo ou negativo? Com certeza tivemos momentos positivos e negativos. Esse é o grande jogo da sobrevivência.
Que pelo menos sirva para que acumulemos experiências e nos enchamos de coragem para ter a esperança de momentos bem mais positivos. Não só de esperanças, mas que sejamos o grande fator de transformação interna e externa.
É engraçado, mas o Natal é uma grande festa, para comemorar o nascimento do salvador do mundo, no fim de um ciclo e apregoando esperanças para o próximo ano.
Temos a impressão que quem inventou tudo isso, teve lá seus motivos.
Caro leitor (a), essa crônica foi escrita em 1991. Dezenove anos se passaram, muitas coisas melhoraram muitas esperanças não foram perdidas, muitas realizações foram feitas e percebemos que o balanço, tirando o que não ficamos sabendo, foi positivo, só ficando infelizmente a violência de tudo quanto é lado.
Eu quero terminar essa crônica com astral bem no alto. Não quero negativismo, nem sentimentos obscuros.
Viva as pessoas que tentam fazer dessa vida, um ato de utilidade, de alegria, de humor sadio, de cultura popular e de muito carinho.
Essas pessoas são vocês, minha platéia querida. Obrigada por esse ano maravilhoso que passamos juntos. Obrigada pela presença, pela cumplicidade, pelo tudo que não consigo explicar, só sentir. Feliz Natal e um ótimo 2011.
E que estejamos juntos novamente!
                        Bêne Giangrossi (15/12/1991 e 19/12/2010)
                                             Em Minhas Memórias (Lívia Spada )

Em minhas memórias
Você está sempre lá
Nítida como a luz
Onde sei que sempre vai morar
Em minhas memórias
Vejo alegrias vividas
Sonhos realizados
Paixões adormecidas

Em minhas memórias
Moram as expressões humanas
Um olhar de cumplicidade
Um sorriso de felicidade
E assim, a vida passa
Em minhas memórias.
                                          Indulto da Paixão- Carmen M.S.F. Pilotto

João 17:33 “Disse-vos estas coisas,
para que tenhais paz em mim.
Haveis de ter aflições no mundo;
mas tende confiança, eu venci o mundo.”
A mão terna que ornamenta o andor
traz ranhuras de um passado
conta e reconta o esmaecido rosário
assoprando na reza os Mistérios:
Gozosos
Dolorosos
Gloriosos
Luminosos
Lustra os paralelepípedos da cidade
com seus simples calçados dominicais
fragilidade de mulher amparada pelo poder da Fé
Para cada esquina um calvário
debulhado em Cristo, anjos e ais
em refrões embalando o cortejo:
“Tu és, Senhor, o meu pastor
por isso nada em minha vida faltará
Tu és, Senhor, o meu pastor
por isso nada em minha vida faltará”
No lindo vestido azul floral
sobreposta fita de cetim imaculada
de uma virtuosa filha de Maria
na trajetória de mais uma alma em júbilo entoa:
“Tu és, Senhor, o meu pastor
por isso nada em minha vida faltará
Tu és, Senhor, o meu pastor
por isso nada em minha vida faltará”
Mistérios singelos de Paixão e Fé...
                                                   Borboleta Azul _ Leda Coletti

No exterior, capa grossa, deformada
Revela inércia, pouca agitação,
Tal qual uma redoma, alicerçada
Por sólido respaldo da estação.
No interior, vive plácida e amparada
Feliz lagarta em plena formação,
Que espera calma, curta caminhada,
Prevê momentos bons de gestação.
Ação de Deus, real apoteose,
Milagre sem igual: metamorfose,
Do casulo a lagarta se desliga.
Devagar, linda borboleta azul,
Levanta vôo e segue rumo ao sul.
Um novo ser agora o mundo abriga.

                     Natal da minha infância (Elda Nympha Cobra Silveira)

Lembro-me de uma sala improvisada dividida por um biombo, onde estava montado um pequeno presépio feito com toda singeleza pela minha irmã mais velha, mas que para mim e minhas amigas era uma beleza! Patinhos nadando num pedaço de espelho rodeado de areia e serragem colorida de verde, para parecer grama, naturalmente. Uma manjedoura com Jesus Menino, ao lado seus pais, José e Maria, os animais da estrebaria e uma estrela de papel brilhante pendurada por uma linha de carretel usada para fazer pipas, encimada na frente da gruta.
Jesus pareceu-me tão sozinho, mesmo com seus pais ao lado, tão pequeno e disseram para mim que Ele veio para salvar o mundo. Mas como poderia ser, se ele era tão pequenino? Então pensei:
-- Se Ele pode, talvez eu e todos os outros pudessem também! Mas como? Disseram-me que Ele morreu por nós ! Ah! Eu não teria essa coragem não! Mas não haveria outra maneira de agradá-Lo? Perguntei a minha mãe.
Ela disse-me que quando eu fosse fazer o catecismo iria aprender.
-- Mas diga-me agora mamãe, não quero esperar tanto assim!
-- Está bem! Siga os dez mandamentos que você vai aprender com a catequista, mas por enquanto lembre-se deste: “Amar aos outros como a ti mesmo!”
Naquele momento compreendi o que Jesus Menino queria de mim! Ganhara vários brinquedos e um deles com certeza não iria me fazer falta e que alegria teria ao dá-lo para uma amiguinha que não iria receber nada naquele Natal! Esse foi o Natal mais perfeito e construtivo da minha vida e até achei que o Menino Jesus sorriu para mim... Ele não estava mais sozinho naquela pobre manjedoura, eu estava com Ele!
 Morte ou ... (microconto) Ana Marly de Oliveira Jacobino

Espocam os fogos de artíficios, rufam os tambores, tocam as cornetas. A noiva entra na igreja. O noivo desmaia no altar! Ops! Como? Ele tinha acabado de chegar do fronte de batalha, logo,... pensou estar em frente ao pelotão de fuzilamento!
 
Feliz Natal Poético para todos os nossos Amigos-Leitores!
Todas as fotos foram pesquisadas no Google
Sarau Literário Piracicabano, onde a surpresa e o belo sempre acontece!
Meu twitter: @anajacobino

2 comentários:

  1. Lindo Balanço no primeiro texto.Bem reflexivo e adorei teu conto. um beijo,tudo de bom,chica

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