terça-feira, 23 de novembro de 2010

Guerra? Aqui fomenta a meditação!Agend@!

                        Fentepira (Festival Nacional de Teatro Piracicaba)
Por que Criança Cozinha na Polenta

Com a Cia. Mungunzá de Teatro
Quinta-feira (dia 25)  20h
Teatro Municipal Dr. Losso Netto
(avenida Independência, 277, Centro)
Uma família romena, sob a ditadura, expõe as idiossincrasias entre o Leste comunista e o Ocidente. Eles são nômades e vivem no circo. A mãe se pendura no trapézio pelos cabelos. O pai é um palhaço que não acredita em Deus. E há a menina que é quem nos conta a história da família. Enquanto isso, para distraí-la dos absurdos da vida, a sua irmã mais velha narra a lenda da “criança que cozinha na polenta”. Não é um espetáculo sobre comida nem também uma história infantil. Ou talvez seja. Mas é diferente: não é para crianças!
Classificação: 18 anos.
ENTRADA GRATUITA



O Sarau é feito de palavras e sons que enebriam e levam a meditação!(Continuação do Caderno do Sarau Literário de 16 de Novembro (parte III)
foto: jpg - www.flores-online.com/.../

                    Primavera (Terezinha Sbrissa Campos)

Primavera começa dentro da gente. Ainda no inverno vamos preparando e cultivando as sementes das flores que virão e , quando chegam, trazem fortes experiências sensoriais de uma natureza exuberante. Recém saídos do sono, caminhamos pelas alamedas. O céu amarelado com os primeiros raios de luz , expulsa a última estrela do firmamento. Ar puro trás o cheiro dos manacás, dos jasmins,aglaias,magnólias.Cores reluzentes das caliandras,calistemos,cuféias,gérberas,heliconias, lírios,íris,gerânios,amarílis enfeitam a paisagem.E estas árvores tão floridas? Sibipirunas, cássias,tipuanas,ipês.Divertem-nos com suas cores,texturas e formas.A copa do ipê parece uma pêra,o pau brasil uma bola, o flamboyant espaçoso esparramou toda a sua copa pela rua.As tuias parecem uma coluna.Plantas verdes, tenras e úmidas. E as pessoas? A estas horas já estão a cordando, se arrumando para o trabalho, levam crianças pra escola, vão para cantos agitados, turbulentos, percorrem longas distâncias, trabalham muito. Retornam cansadas. Mais trabalhos no lar.Será que sobrará um tempinho para aproveitar este efeito restaurador que a natureza oferece? . Sabe aquela música que cantam os pássaros pelas manhãs?Seus sons se unem aos dos sagüis, tucanos, araras, papagaios. Companheiros também na degustação de saborosas amoras, pitangas, jabuticabas, ameixas, uvaias e outras frutas existentes no bairro. Dores, angústias, solidões, desamparos, competições vão ficando minúsculos pontinhos perdidos nesta vida pulsante. Conectados com a teia da natureza, somos todos atores neste espetáculo matinal,parceiros necessários de um estado de emergência, na busca de afinidades , linguagens e ações que se relacionam.Tudo é uma coisa só. Tornamos-nos mais humanos, cuidamos de nós, do outro, do bairro, da cidade e respeitamos a vida em todas as suas formas. Nesta viagem da intenção ao ato encontramos o acesso às coisas simples da vida e um enorme presente esperando por nós. Porque é primavera também em nosso coração.

 foto:google
                            Atores Amadores (Dirce Ramos de Lima)

Nos palcos da vida
somos todos atores
e, nesse amadorismo cotidiano
ganhamos apenas
troca de experiências
e, alguns, talvez
maiores acertos
no vai e vem da existência.


Profissionalismo descartado,
já que voltamos sempre
as raízes da infância
e somos bons, honestos,
ingênuos, inocentes....


Os que conseguem superar
essa fase inicial
não serão melhores ou piores:
serão políticos, líderes, ditadores!
Oh! Casta insana de mentirosos e enganadores!


Deixem-nos em paz em nossos palcos
domésticos, familiares, bairristas e limitados.
Não queremos ser atores de verdade.
Também fingimos, sim,
pois aprendemos que ser autêntico e original
é anti-ético, mal visto e condenado.

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                                Monólogo do Cravo (Dario Bicudo Piai)

Três amores eu tinha:
Érica, Sálvia e Petúnia
lindas, delicadas e vaidosas -
travava-as como rainhas
Suaves brisas me faziam tocá-las
e eu, com sofreguidão,
Tanto as amava!


As borboletas eram o elo
de nosso amor livre , inebriante
muito mais que perfeito:
um casamento híbrido, poligâmico,
onde eu - o rei eleito!


Até que numa noite
uma dama da noite
“caliente”, atrevida
e do nada surgida
levou-me prá seu jardim
sem muros, sem borboletas
e perto de mim, nenhum jasmim;
plantou-me ao lado de uma rosa
toda linda, deiscente e formosa
mas seus agudos espinhos,
ao vaivém dos ventos, me feriam
e eu, fiquei ferido e triste

 foto: jpg - static.infoescola.com/.../full

                                    Um dia de trabalho (Nahara Leite Ribeiro)

Sem ver o tempo passar,
Ouvindo o zum zum de fora,
E o sorriso tenso do meu querido paciente,
A lágrima quente de um sentimento contido,
Que é abrandando no alívio do suspiro,
E da palavra de conforto de um novo recomeço.
Acaba o tempo,
Sou acolhida pelas plantas, alegrada pelo balé das tartarugas,
Tomo um café e recomeço o aprender!

 foto: jpg - blogfamiliaribeirobruce.zip.net/images/Pappou.
                   VIDA (Angela Reyes).
Existe em mim um pouco de tudo,
e muito do pouco também,
inteira, completada por cada uma das minhas células
porque o tudo e o pouco formam meu ser.
E, você que saiu de mim,
que possui um pouco do muito,
e muito do pouco dos gens que te dei
é único, diferente mesmo parecendo comigo.
Em cada partícula da tua pele que nasce e morre a cada dia,
na água que evapora,
no ar que se respira, no fogo que nos queima.
E a terra, o último que sobra
da energia cósmica de nossa matéria,
ali iremos continuar alternando ciclos
na transformação constante da vida
porque vida é vida...
Não termina..

 foto: jpg - 3.bp.blogspot.com/.../
                                     Lixo Espacial (infantil)

Rondam os céus
Pedaços das naves e foguetes
Circulam ao redor do planeta azul.
Poluindo, invadindo, o espaço
Todo este lixo espacial.
Não é meu!? Não é seu!?...
A quem pertence este horror?
A todos os habitantes da Terra!
Não é meu?! Não é seu!?...
O quê? Por quê?

Poluir, poluir, poluir...
Terrível instinto humano
Triste e desanimador.
Eu, que estive perplexa
Olhando os céus
Sacudo o lixo espacial
E tento encontrar as estrelas.
Onde estão?
No pensamento!
Brilham na poesia!

Os músicos do Sarau Literário Piracicabano: Ana Lucia Stipp Paterniani, Carlos Roberto Furlan, Suzi Furlan)

 Os músicos do Sarau Literário Piracicabano: Ana Lucia Stipp Paterniani, Carlos Roberto Furlan, Suzi Furlan) e Manoel Rodrigues Lourenço em Nos Bailes da Vida: Milton Nascimento / Fernando Brant
http://www.youtube.com/watch?v=L8o_Rbk8ejQ
## Ana Lucia Stipp Paterniani, Carlos Roberto Furlan, Suzi Furlan e Manoel Rodrigues Lourenço em Encontros e Despedidas: M. Nascimento e F. Brant:
http://www.youtube.com/watch?v=-qmsld8Nfg0

## Ana Lucia Stipp Paterniani, Carlos Roberto Furlan, Suzi Furlan e Manoel Rodrigues Lourenço em Caçador de Mim- Luís Carlos Sá e Sérgio Magrão:
http://www.youtube.com/watch?v=wlndON3D1LQ

Convite:
                                             Recital de Natal: Imperdível! Compareçam!
Desfile de 7 de Stembro das crianças da Casa do Amor Fraterno

3 comentários:

  1. Muito obrigada!Que ilustração ajustadissima!
    Como é bom ser compreendida!
    Pobre de mim, atriz mediocre, continuo minha humilde participação, nesse palco da vida onde hipócritas e falsários arrastam multidões...
    Deus me livre de futeis e inuteis encenações!
    Finjo, sim, também, ás vezes, só p'ra tentar espalhar alegria e fraternidade entre todos que carecem e merecem...
    Parabéns, querida! Que Sarau maravilhoso!

    Dirce Ramos de Lima

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  2. Carinhosa Dirce: Obrigaduuuuuu pelo comentário

    Ana Marly

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  3. Recebi este comentário do Poeta Dermes Fabretti-Barbosa" e publico como agradecimento:

    Ana Marly:
    Mais uma vez agradeço o carinho e a dedicação aos amantes das Letras, dos livros, das Artes.
    Beijão!

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