sábado, 29 de agosto de 2009

O reino mágico também é Arte e Encantamento e veja o Saláo do humor: Agend@






Em 1958, a Walt Disney lançaria a versão mais famosa de Zorro: a série com Guy Williams! Por vários fatores, quase que o projeto não acontece. Mas por ironia do destino, ainda em 1957, quando Walt Disney montava a sua Disneyland, as negociações com a Rede ABC foram fechadas e no ano seguinte, Zorro entrava no ar. Eis que surgia então o cavaleiro mascarado, o justiceiro que se opunha à opressão, ao poder massificador que se instaurava na Los Angeles dominada pelos espanhóis.
Zorro é um Robin Hood de espadas, um bom ladrão que devolvia aos pobres o maior produto deles roubado: a dignidade. No romper da noite, tira vantagem de ser negro em roupa e capa e surge como desaparece: do nada. Simplesmente, defende o direito natural de vida do pobre, esmagado pelo poder.




Walter Elias Disney nasceu em Chicago - Illinois, no dia 05 de dezembro de 1901, filho de Elias Disney, um empreiteiro de origem irlandês-canadense e Flora Call Disney, de descendência germano-americana, era professora primária.Graças ao empenho e a criativa de Walt, em 17 de julho de 1955, a Disneyland abriu as suas portas para o público - ao custo de 17 milhões de dólares, cujo investimento rapidamente decuplicou - o parque contou com mais de 30.000 (trezentos mil) convidados na data da sua inauguração.



Vale a pena observar que apesar dos lucros obtidos com seus filmes ou com a Disneyland, Walt nunca foi apegado ao dinheiro. Para Disney o dinheiro somente tinha serventia na medida em que lhe permitia produzir melhores filmes, melhorar seus parques temáticos, enfim, desenvolver os seus projetos.




Vivências na terra do Tio Sam_ Parte I
Ana Marly de Oliveira Jacobino



O convite da prima Samira foi aceito com alegria. Viajar para a Disney. Ela e seu filho Pedro. Eu e meu filho Guilherme. Pesquisa de preço, passeios nos parques, enfim, várias agências de viagens contatadas.
Os meses passam e a viagem se aproxima. Passagens pagas. Malas arrumadas. Ida do interior a capital em plena madrugada. Trafego normal em São Paulo. Acredite! Hora do embarque.
Dei a primeira bola fora ao ver o avião oficial da seleção brasileira, ao exclamar:
_Olha um TAMque lindo!
O vôo foi bom. Sem nenhum acidente, ufa! Chegamos ao Orlando International Airport. Passamos pela alfândega norte-americana e fomos encaminhados a pegar o monotrilho e depois andar até chegar ao local da bagagem. Muito longe para as nossas pernas cansadas.
Com as malas em punho, ops! Desculpe, rodinhas em punho para ser mais exata, para serem puxadas pelo aeroporto. Na grande praça no interior do aeroporto, além das inúmeras lojas, exemplo: Disney's EarPort, Guess, Harley Davidson, Magic Of Disney, Universal Studio Store..., também, estão os restaurantes como; Nathans, Sbarro, lá está ele o hotel Hyatt Regency.
Depois de muita procura avistamos o nosso ponto de encontro o posto da Disney_RCA.
Documentos apresentados um ônibus exclusivo dos transportes Disney nos espera. O motorista com cara de poucos amigos joga nossas malas no bagageiro. Outros passageiros chegam. O ônibus sai. A televisão a bordo veicula propagandas do Mundo da Fantasia da Disney. Um horror, pois o inglês é falado com uma batata quente na boca, apelidados por nós de “batatêis”, desta maneira, a atenção precisa ser triplicada para compreender, o que falam. Cansados da longa viajem o silêncio é bem-vindo.
O nosso hotel fica localizado em 1991 W. Buena Vista Drive, Lake Buena Vista, Florida 32830.
Depois da pinga-pinga da entrega dos passageiros nos hotéis chegou a nossa vez. O All-Star Movies Resort desponta para os nossos olhos e corpos cansados. É um hotel temático, e foi inaugurado em 1999 relembra os filmes clássicos da Disney como; "Se Meu Fusca Falasse", "101 Dalmatians", dentre outros. Fiquei sabendo que o hotel "All-Star Movies Resort" divide-se em 05 (cinco) áreas distintas: Fantasia, Toy Story, 101 Dalmatians, The Mighty Ducks e The Love Bug.
Bem! Depois das malas serem jogadas do bagageiro para a calçada pelo tal motorista, entramos no amplo salão de recepção do hotel para a checagem de práxis, e, deste modo, poder liberar o quarto. O cansaço se manifestou no rosto de cada um. Notamos que a limpeza do quarto deixou a desejar. Começa com o carpete sujo. Ficamos 11 dias por lá, e a Lourdes, o nome da camareira, não passou um aspirador no chão. Isto não é chatice de hospede, não. A prova concreta apareceu no dia da partida. Arrumando as malas Samira, tropeçou em algo, e com um par de chinelos nas mãos diz:
_ Muli, veja você está esquecendo os chinelos.
_ Não são meus. São seus!
_Lógico que não! São seus!
E assim descobrimos que dormimos com um corpo estranho durante a nossa estadia no hotel.





Ruas construídas na Disney’s Hollywood Studios em perspectivas forçadas, e desse modo, somos levados a acreditar estar em uma das ruas de São Francisco ou de Nova Iorque, a conhecida Big Apple.



Pedro e Guilherme conseguiram capturar uma nave inimiga do Imperio em Star Wars



Guilherme vestido com o famoso chapéu do Indiana Jones na loja da série.




INDIANA JONES EPIC STUNT SPECTACULAR: É um show de dublês com cenários do filme Indiana Jones. Preste atenção porque tem horário. Se você fala inglês, pode se candidatar para ser voluntário e participar das cenas de ação! Assista vale a pena!




Star Wars no parque Disney’s Hollywood Studios sendo encenado pelos artistas aos turistas do parque, e o espetáculo agrada muito, principalmente os fãs da série. Talvez a melhor fila de todos os brinquedos, a loja como todo o espetáculo também é um estouro!



36º Salão Internacional de Humor de Piracicaba



Este é o cartaz feito pelo Ziraldo para o 35° Salão Internacional de Humor de Piracicaba que aconteceu ano passado. O Salão tem 30 anos e foi criado para incentivar e descobrir novos talentos do humor gráfico e das Histórias em quadrinhos. É considerado um dos Salões mais importantes do mundo no universo das artes gráficas, da indústria editorial e das HQs.
Das 330 obras que irão compor o 36º Salão Internacional de Humor de Piracicaba, 13 carregam o legítimo sotaque piracicabano, ou melhor, elas foram enviadas por artistas naturais da cidade ou com residência fixa por aqui. São eles Erasmo Spadotto, Érico San Juan, Mércia de Lourdes Dias Pereira, Luís Celso Martins de Camargo, Eduardo Caldari Jr., Eduardo Grosso, Willian Hussar e Boris Szuster Woloszyn.

Seus trabalhos poderão ser conferidos no Armazém 14 do Engenho Central a partir das 20h de sábado, quando acontece a noite de abertura e anúncio dos premiados.
Convite


Homenageados do Sarau Literário Piracicabano de 15 de Setembro de
2009:ANO DA FRANÇA NO BRASIL no Teatro Municipal de Piracicaba :
Charles Perrault (o escritor dos contos de fada ou "contos da mamãe
gansa"),Charles-Pierre Baudelaire (poeta) e a participação especial de
Cláudio Costa no acordeon.







quarta-feira, 26 de agosto de 2009

HOMENAGEM DA AGEND@ AO SARAU LITERÁRIO “COMPANHEIROS DE PROSAS E VERSOS” DE RIO DAS PEDRAS


Poeta Homenageado: ANDERSON ROBERTO MANRIQUE ao lado do coordenador do sarau: Richard Mathenhauer


Anderson Roberto Manrique nasceu em Americana, São Paulo, em 24 de fevereiro de 1975. Aos sete anos de idade mudou-se para Rio das Pedras com a família. Desde cedo começou a trabalhar e ainda adolescente, passou a escrever, tendo como incentivadora sua professora Neide Poli. Atualmente, possui quatro livros publicados de poesia. Seus trabalhos são marcados pelos temas ligados ao amor e à paixão, porém, também escreve sobre impressões de sua vida. Por que escreve? A resposta é simples e curta: porque gosta.

Bibliografia: Traços de Uma Vida; Sentimentos Eternos; Velho Retrato; e, Relembrar.
Assista um pouquinho da bela e emotiva noite do Sar@u Riopedrense, clique no endereço abaixo:






Expositora
Ana Elizabeth Mendes do Canto Scopin

Nasceu em Piracicaba, São Paulo, filha de Luiz Gonzaga Morato do Canto e Gertrudes Mendes Canto, pertencendo a uma família amante das artes. Pinta há quinze anos, tendo aulas com Jogi. Casada com Fernando Scopin, reside atualmente em Piracicaba.



Alguns participantes atentos á grande festa da Literatura Riopedrense!
“Adeus meus Desenganos”
Fernando Scopin (Piracicaba)

Acordei dormindo, levantei sentado,
Abri a janela para sair o sol,
Calcei chinelos com os pés trocados
Está tudo errado, o que aconteceu?
*
Apaguei a luz e ficou tudo claro
Que minha vida vai ter que mudar
Analisando todos os conceitos,
Vou arrumar um jeito para recomeçar.
*
Fui ao jardim e brinquei com as flores
A nuvem negra escondeu o sol,
Decididamente hoje estou sem sorte,
Não encontro o norte pra me orientar...
*
O horizonte escondeu o sol
A lua clara apareceu altiva,
Vou me banhar no brilho das estrelas
E adormecer ao som de uma cantiga.
*
Depois do sono, o meu corpo leve,
Após o repouso de uma noite fria
E com alegria vou abrir os olhos
Fico feliz, pois hoje é outro dia.
*
Vou me fartar de todas as coisas simples,
Deixar de lado aqueles grandes planos
Pois conseguindo um pouco em cada dia
Terei bastante e sem desenganos.



Maria Helena Ganassim Verdi declamando “Recado de Esperança”

Mensagem a alguém (e a todos)”
Márcia Guio (Rio das Pedras)

Normalmente demonstro carinho às pessoas que gosto, já virou um hábito, faço espontaneamente, porque aprendi que as pessoas que amamos são tudo que temos de real e importante nesta vida, onde temos um prazo relativamente curto de convivência e oportunidades para mostrar a algumas pessoas ESPECIAIS e ÚNICAS que em razão delas nossa vida é hoje mais completa e feliz, por tê-las ao alcance dos olhos, das mãos, das palavras. Acho que devemos dizer EU TE AMO todos os dias, porque amanhã pode ser que não dê... Acho triste alguém deixar de demonstrar o quanto amou e mais, não deixar alguém saber o quanto foi AMADO!... Não sei se pode me entender, se não conseguir, não faz mal, espero que me perdoe por lhe parecer “grudenta” demais.





Fabiana Canto Benato (Piracicaba), que pela segunda vez vem com a sua alegria abrilhantar e animar o Sarau da Cidade Doçura!
“Todo Mundo e Ninguém”
Arlindo César Bonassa (Rio das Pedras)


Dentro de mim há duas pessoas
Todo mundo e ninguém
Todo mundo fala de mim
Eu não ouço ninguém.
Todo mundo quer melhorar
Ninguém quer piorar
Todo mundo querendo ajudar
Ninguém querendo estorvar.
Todo mundo quer estudar
Ninguém quer vadiar
Todo mundo querendo trabalhar
Ninguém querendo deixar.
Todo mundo é sério
Ninguém quer compromisso
Todo mundo querendo justiça
Ninguém sendo omisso.
Todo mundo quer entrar
Mas ninguém quer sair
Todo mundo é fiel
E ninguém quer trair...
Será que...
Todo mundo quer a verdade e...
Ninguém mente?
Ou será que:
Todo mundo mente e...
E ninguém quer a verdade?

Homenageados do Sarau Literário Piracicabano de 15 de Setembro de 2009:
ANO DA FRANÇA NO BRASIL:
Charles Perrault (o escritor dos contos de fada ou "contos da mamãe gansa"),
Charles-Pierre Baudelaire (poeta) e a participação especial de Cláudio Costa no acordeon


segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Gabriel García Lorca é fuzilado na Espanha!


1936: García Lorca é fuzilado na Espanha (enviado por Richard Mathenhauer coordenador do Sarau Literário de Rio das Pedras)



No dia 19 de agosto de 1936, o poeta espanhol Frederico García Lorca foi fuzilado à queima-roupa por fascistas espanhóis.
Embora gostasse imensamente de viajar, o escritor espanhol Federico García Lorca nunca cortou os vínculos com sua terra natal, a "sua" Granada, de onde sempre sentia saudades quando estava longe. Lorca apreciava o passado glorioso da cidade.
Acima de tudo fascinava o poeta o período dos mouros, que deixaram na cidade a Alhambra, uma das edificações mais preciosas da história da arquitetura. "Ele se considerava um herdeiro de Boabdil, um dos últimos governantes mouros da cidade", diz Luís García Montero, o mais conhecido poeta e professor de Literatura de Granada hoje.
Apesar disso, a relação de Lorca com a cidade era ambígua. "Ele se sentia muito bem aqui, onde morava sua família. Naquela época Granada era um centro cultural muito importante, mas Lorca temia também os defeitos da cidade", diz García Montero. Lorca desprezava a classe alta reacionária de Granada.
Em julho de 1936, na última entrevista que concedeu, publicada pelo jornal El Sol, ele dizia que na cidade vivia "a pior burguesia de toda a Espanha". Essa declaração causou a ira dos fascistas locais, uma vez que Lorca já era então odiado por seu entusiasmo pela república e por seu homossexualismo.


Período crucial em Madri


A própria família do escritor era uma das mais ricas de Granada. Federico nasceu no dia 5 de junho de 1898 em Fuentevaqueros, um povoado na planície fértil aos pés da Serra Nevada, nas proximidades de Granada. Seu pai era um latifundiário.
No entanto, a família não era adepta dos costumes da classe abastada da época, que se comportava como verdadeiros senhores feudais. Os Lorca eram liberais e avessos à Igreja. A irmã de Federico, Concepción, se casou com o prefeito socialista Manuel Fernandéz Montesino, que foi mais tarde também executado pelos fascistas.
Lorca recebeu uma formação educacional exemplar. Ainda pequeno, já era notável sua aptidão para as artes. Ele era um orador eloqüente, além de demonstrar habilidades para a pintura e a música. Depois de iniciar seus estudos de Direito, Filosofia e Letras em Granada, ele se mudou para Madri.
No lendário alojamento de estudantes – a Residencia de Estudiantes – conheceu os artistas mais importantes de seu tempo. Fez amizade com Salvador Dalí, Manuel de Falla e Rafael Alberti, com o poeta Antonio Machado, com Pablo Picasso e muitos outros.
Drama e poesia
Lorca pertence à chamada "geração dos poetas de 1927" (Aleixandre, Cernuda, Guillén, Salinas, Unamuno), que popularizou a lírica espanhola em todo o mundo. Em Madri, escreveu suas primeiras grandes obras literárias.
Em 1928, publicou o Romanceiro Cigano, seu trabalho de maior sucesso. Nos anos seguintes, Lorca passaria a ser conhecido como renovador do drama no país com a publicação de Mariana Pineda (1928), Bodas de Sangue (1933), Yerma (1934) e A Casa de Bernarda Alba (1933-1936).
Em 1929, fez uma viagem aos Estados Unidos, onde escreveu O Poeta de Nova York, um livro muito apreciado. No entanto, não se sentindo à vontade na metrópole agitada e barulhenta, opta por uma vida mais retirada em Cuba no ano de 1930, retornando a seguir à sua terra natal. A Espanha, naquele momento, vivenciava uma ruptura política. No dia 14 de abril de 1931, era proclamada a Segunda República.

Em defesa das mulheres

Lorca defendia os ideais republicanos. Como diretor, viajou com o teatro ambulante La Barraca pelo interior do país, a fim de levar cultura e informação para o povo. Sem ser filiado a qualquer partido, tinha amigos entre as duas correntes políticas da Espanha em meados dos anos 1930. E se posicionava claramente contra as relações feudais comuns na Granada da primeira metade do século 20.
Lorca assumia, acima de tudo, a defesa das mulheres. Com suas peças em prol da autoafirmação feminina, tocava no zeitgeist. Suas obras são dominadas por personagens femininas, que se voltam contra a moral vigente e são capazes de morrer por seus ideais.
A morte está presente em toda a sua obra. As últimas frases em A Casa de Bernarda Alba parecem o prenúncio sinistro da tragédia que estava por vir: "Nenhum lamento. É preciso olhar a morte de frente. Lágrimas, só quando você estiver sozinho! Todos nós mergulhamos num mar de lágrimas. Silêncio. Silêncio".

Federico García Lorca foi fuzilado por fascistas no dia 19 de agosto de 1936, numa estrada nas proximidades de Viznar.


Redator(a):Steffen Leidel (sv)
©
Deutsche Welle





Palácio de Alhambra, situado numa encosta em Granada, é o Palácio da Andaluzia mais bem conservado. Embora tivesse sido começado em 1230, só dois séculos depois foi concluído. Alhambra significa vermelho, provavelmente uma alusão à cor dos tijolos que formam suas paredes. É um complexo de palácios, jardins e fontes.

FEDERICO GARCÍA LORCA

Ana Marly de Oliveira Jacobino


Eu pronuncio teu nome,
retalho florido da minha poesia.
Itinerante poeta dos meus sonhos
ora tão distante, ora tão perto,
ouço no seu murmurar ainda que distante
o meu nome em tua palavra escrita.

Choro pela morte.
Choro pelo poeta morto.

Salta do meu ventre dor e lamento,
repugna neste versejar o tirano!
Louco ditador em sua fúria demente
lava com sangue, mata a voz temerária do poeta
gela o dia frustra a paixão, resseca o amor.
Mata os frutos revela as iniqüidades.

Choro pela morte.
Choro pelo poeta morto.

Vespas rubras rasgam o ventre da terra,
coberta pelo sangue do injustiçado!
Soluçam as viúvas em sonhos
o vento devora as pétalas do cravo
a caneta cai da mão adormecida.
O estalo implode a alma.

Choro pela morte.
Choro pelo poeta morto.
Choro pelo seu assassinato
.


Poema V
Hilda Hilst

A FEDERICO GARCÍA LORCA

(no dia 19 de agosto de 1936, o poeta espanhol Federico García Lorca foi fuzilado à queima-roupa por fascistas espanhóis).

Companheiro, morto desassombrado, rosácea ensolarada
quem senão eu, te cantará primeiro. Quem senão eu
pontilhada de chagas, eu que tanto te amei, eu
que bebi na tua boca a fúria de umas águas
eu, que mastiguei tuas conquistas e que depois chorei
porque dizias: “amor de mis entrañas, viva muerte”.
Ah! Se soubesses como ficou difícil a Poesia.
Triste garganta o nosso tempo, TRISTE TRISTE.
E mais um tempo, nem será lícito ao poeta ter memória
e cantar de repente: “os arados van e vên
dende a Santiago a Belén”.

Os cardos, companheiro, a aspereza, o luto
a tua morte outra vez, a nossa morte, assim o mundo:
deglutindo a palavra cada vez e cada vez mais fundo.
Que dor de te saber tão morto. Alguns dirão:
Mas se está vivo, não vês? Está vivo! Se todos o celebram
Se tu cantas! ESTÁS MORTO. Sabes por quê?

“El passado se pone
su coraza de hierro
y tapa sus oídos
con algodón del viento.
Nunca podrá arrancársele
un secreto.”

E o futuro é de sangue, de aço, de vaidade. E vermelhos
azuis, braços e amarelos hão de gritar: morte aos poetas!
Morte a todos aqueles de lúcidas artérias, tatuados
de infância, de plexo aberto, exposto
aos lobos. Irmão.
Companheiro. Que dor de te saber tão morto.

"Poemas aos homens de nosso tempo”, Ed. Globo, São Paulo – 200, pág. 109.



Granada (Espanha) terra natal de Gabriel García Lorca.
Homenageados do Sarau Literário Piracicabano de 15 de Setembro de 2009:
ANO DA FRANÇA NO BRASIL:
Charles Perrault (o escritor dos contos de fada ou "contos da mamãe gansa"),
Charles-Pierre Baudelaire (poeta) e a participação especial de Cláudio Costa no acordeon

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Veja mais Festa! Apaixone-se pela Arte, Música e a Literatura



ADÉLIA PRADO

Sarau Literário “Companheiros de Prosas e Versos” de Rio das Pedras

Convida a todos para seu terceiro encontro, no dia 24 de agosto de 2009, a partir das 19h30, na Associação Atlética e Cultural PAINCO, localizada na rua Moraes Barros, 731, Bom Jesus I, Rio das Pedras (próxima à antiga Usina Bom Jesus).

Programação:Homenagem aos poetasFAGUNDES VARELLA&ADÉLIA PRADO

Homenagem ao poeta local, ANDERSON ROBERTO MANRIQUE.

Exposição de telas de ANA ELIZABETH MENDES DO CANTO SCOPIN

Músicas interpretadas porFABIANA CANTO BENATOCasinha Branca – Noite Cheia de Estrelas – Sertaneja – A Majestade, o Sabiá – Meus Tempos de Criança – Naquela Mesa – Quem sabe – Mercedita – Luar do Sertão & outras.

*****Entrada gratuita!



Participantes do Sarau Literário Piracicabano


Mi querida Aninha
Ângela Reyes

Cierro mis ojos y un soplo de amor me transporta a ti
Cierra tus ojos y siente mi abrazo fuerte y carinoso como nuestra amistad
Cierra lo ojos y respira profundo la paz de mis pensamientos para ti
Cierra los ojos y siente la energia universal que te rodea y que se llama vida
Cierra los ojos, divisa la inercia a quien los necios llaman muerte y que no existe porque:
todo lo creado es fruto de amor divino y ese amor es eterno.



RÍTMO E SEDUÇÃO
Maria Emilia Redi

Vem de longe , muito longe...
Feito magia, a enfeitar os sonhos,
A música das esferas insondáveis
Como um clamor de Paz...
Ritmo encantado,
Vibração sutil ...
Arrebatando-me por inteira
Em total SEDUÇÃO!!!






Lívia Spada - Palhaça Xarlet; Bêne Giangrossi - Palhaça Xoanet; Ana Paterniani (flauta e voz), José Gregório (violão e voz)



Cia. Sé de Teatro têm 11 anos de existência. Já montou apresentou em Piracicaba e região mais de 40 espetáculos entre peças, esquetes, performanes e intervenções. Também oferece Assessoria a grupos teatrais, como Oficinas, Workshops, Palestras. Ultimamente têm se dedicado em montar e apresentar Espetáculos temáticos para Empresas, Entidades, Eventos, Escolas. Também apresentações de montagens para festas infantis.



Coordenação



Bêne Giangrossi - Palhaça Xoanet

Lívia Spada - Palhaça Xarlet
Contatos: Tel: 3433-0357 e 9706-3817 - Bêne 9661-5208




Livia






Enquete sobre a obra de Jorge Amado:

1- O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá (infantil) de Jorge Amado




“O temperamento do gato malhado não era dos melhores. Sua fama de encrenqueiro era tanta que, quando ele aparecia no parque, todos fugiam: a galinha carijó, o reverendo papagaio, o pato negro, a pata branca, mamãe sabiá, os pombos, os cães. Até as flores se fechavam à sua passagem. Ao descobrir que todos os bichos tinham medo dele, o gato fica arrasado. Mas logo retoma sua indiferença habitual, pois não se importa com os outro” ...

Clique no endereço e assista um pouco do trabalho da Cia sé de Teatro

http://www.youtube.com/watch?v=M8k1Eyh65uk




O colorido das telas de Aracy Duarte e Áurea Squerro lendo.


O enterro do leitor (por Gabriel Perissé) enviado por Ivana Negri

Meus parentes e amigos, quando eu morrer, por favor, não permitam que a dor de me perderem apague de suas lembranças as instruções que faço agora sobre como desejo o meu enterro.
Quero que o meu corpo seja coberto, não pelo terno incômodo ou pelas perecíveis flores, mas por aquelas obras e aqueles autores que em vida me deram vida e, na morte, me darão o consolo de os ter lido um dia.
Quero que E o Vento Levou , de Margaret Mitchell, cubra os cabelos que me restaram.
Quero que Visão do Paraíso, de Sérgio Buarque de Holanda, esconda os meus olhos para que eles nunca mais se fechem.
Quero que Cheiro de Goiaba, de Gabriel García Márquez, penetre fundo as minhas narinas e não me deixe esquecer todos os odores, os perfumados e os podres, que senti na terra.
Quero que Música ao Longe, de Érico Veríssimo, envolva os meus ouvidos como as melodias suaves e terríveis que ouvi ao longo dos meus dias.
Quero que A Língua Absolvida, de Elias Canetti, permaneça sobre a minha boca, e me perdoe tudo o que eu disse em segredo ou em público, e, sobretudo, aquilo tudo que não deveria ter calado.
Quero que Perto do Coração Selvagem, de Clarice Lispector, agasalhe o meu peito eternamente aberto.
Quero que As mãos de Eurídice, de Pedro Bloch, fique em minha mão esquerda e que As Mãos Sujas , de Sartre, fique na direita, e que eu continue folheando a vida, mesmo depois de desfolhada.
Quero que O Prazer do Texto, de Roland Barthes, proteja o meu sexo e me dê a certeza de que a história não termina aqui.
Quero que vários exemplares de Vá aonde seu Coração Mandar, de Susanna Tamaro, recubram as minhas pernas e meus pés, para que eu não me desvie do caminho.
Quero que assim feito, fechem meu caixão com chave de ouro, e durante a descida final, em lugar da tradicional chuva de pétalas e flores, joguem páginas com poemas de Fernando Pessoa, Adélia Prado, ou com o poema de Mário de Andrade em que ele pede que, após a morte, distribuam partes de seu corpo pela cidade de São Paulo, assim concluindo: "As tripas atirem pro Diabo, que o espírito será de Deus. Adeus."


quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Primeiro dia da liberação do Teatro: O sucesso do Sarau Literário Piracicabano

Assista o Sarau Literário Piracicabano e toda a sua alegria clicando nos endereços abaixo:

http://www.youtube.com/watch?v=1L0CkMEmrqs

2) http://www.youtube.com/watch?v=fBkj2G71d4E






Hoje (19 de agosto) O Cisne Negro; Cia de Dança vai se apresentar no Teatro Municipal a partir das 20 horas. O ingresso pode ser trocado por uma caixa de leite longa vida a partir das 17 horas na bilheteria do Teatro.

CÍRCULO DA EXISTÊNCIA
Elda Nympha Cobra Silveira


A luz penetra nas nuvens como um agasalho.
Tiritando de frio elas o abraçam com carinho.
Nasce a chuva...
Raios e trovões espocam
Nesse espetáculo pluvial.
Gotas e mais gotas
Derramam sobre o mar,
Mas com saudades do céu,
Evaporam ansiando pelo que se perdeu.
O circulo da vida é tão natural!
Pois vejo que em toda beleza infinita do mundo:
Somos o reflexo de Deus.





ARACY DUARTE FERRARI uma das homenageadas de noite de festa da Literatura Piracicabana e da região.



A TERRA VAI PARAR?
Aracy Duarte Ferrari

Telhado envelhecido, vivido, sensível,
O tempo desgastou-o... Contudo permanece firme
Se falasse convidaria: juntos ao terceiro milênio!
Ele resistirá ao desgaste do tempo,
Mas a natureza clamará seu verde
O verde pertencerá ao passado.

A flor não terá perfume
O rio poluído esquecerá sua água cristalina
A atmosfera alterada perderá sua qualidade
A chuva será fria e ácida
O homem sucumbirá, ou...
Adaptar-se-á às exigências ambientais degradantes.

NÃO! NÃO! Reversão do quadro!
O “homo sapiens“ acordará
Urgente, tempo exíguo...
Todos a postos,
Assumiremos o controle do planeta
A guerra será vitoriosa.



O poeta Edson Antonio Di Piero declamando a sua Rosa de Prata

Rosa de Prata.
Edson Antonio Di Piero



Estão ungindo minha amada de prata.


Para que fique ainda mais bela.


Uma rosa de prata sem espinhos.


Transbordada de paixão, de compaixão.


Faz amor como se um raio a atingisse.


Soltando sementes férteis, reluzentes no espaço.


Semeando as estrelas brilhantes lá no céu.
Tanto que o sol e a lua perdem seu encanto.


Quando as estrelas brilham, revelando sua cor prata.


Minha amada é uma rosa de prata.


Ela é a mais bela rosa.

Alegria da arte e da Música: Bêne Giangrossi - Palhaça Xoanet: Ana Lucia Stipp Paterniani (flauta e voz), José Carlos Gregório (violão e voz), Luiz Gonzaga da Cunha (gaita e voz), Galvani e Roseane Luppi (violão, pandeiro e voz).


Dança da vida
Roseane Luppi

Adágio em tom menor
Viajo no túnel do tempo ..
Retorno à casa encantada de Vila Velha,
não tão velha nas minhas imagens,
restaurada que está pelo bem estar de outrora.

Menina pequena dos cachos dourados
Pezinhos em ponta, bracinhos suaves
Paixão ...
Face rubra ...
Coluna em riste

Bailarinos esvoaçantes de gestos alongados
Palco encantado, descortinado
Som de cítaras, vozes angelicais
Piruetas, grand jetès, pas de deux
Platéia ......

Será esse o verdadeiro eu?
O tempo passou...esvaneceu-o
Outros afloraram, novos nasceram
A chama permaneceu,
e o palco venceu.





Lourdinha Sodero Piedade na sua leitura declamada sobre o Escritor do Brasil: Jorge Amado.


“Ana”
(Richard Mathenhauer)

Não basta ser Cheia de Graça
Para escapar às dores da vida.
Mister pegar a pena e a folha
E rasgar o coração: ser poeta!

Transmutar o sofrimento na alquimia
Interior e solitária da alma
Olhar a dor, o amor, a doença
E consolar-se na certeza de que tudo passará!

Cantar com ou sem rimas cada lágrima,
Cantar as flores, os sonhos, a lua,
E se chorar, chorar de alegria.

Alegria de saber que a vida,
Embora crua e dura,
Deu-nos, por consolo, a poesia.




Com chuva, sem medo da gripe os participantes do S@rau Literário Piracicabano cantaram, declamaram, leram, riram..., com a Arte, a Música e a Literatura!



Recomeçar
Cláudia Maria Coleoni

Flor, desabrochar a vida!
Encanto, harmonia, música
Combinações vívidas
Pensamentos entrelaçados
Matizes do viver…
Que não se deixam levar pelo tempo!
Nossos mais enaltecidos exemplos
Ensinando-nos que nesta vida
O aprender vem do desaprender,
Esquecer os antigos conceitos
Dos desnecessários estereótipos
Do medo que nos impede de criar
O medo que aprisionou o artista que pulsa
Em nossos corações...

Homenageados do S@rau Literário Piracicabano de 15 de Setembro de 2009: ANO DA FRANÇA NO BRASIL: Charles Perrault (o escritor dos contos de fada ou "contos da mamãe gansa"), Charles-Pierre Baudelaire (poeta) e a participação especial de Cláudio Costa no acordeon.




Comecem bem a semana!

Sarau Literário “Companheiros de Prosas e Versos” de Rio das Pedras

Convida a todos para seu terceiro encontro, no dia 24 de agosto de 2009, a partir das 19h30, na Associação Atlética e Cultural PAINCO, localizada na rua Moraes Barros, 731, Bom Jesus I, Rio das Pedras (próxima à antiga Usina Bom Jesus).

Programação:
Homenagem aos poetas

FAGUNDES VARELLA
&
ADÉLIA PRADO

Homenagem ao poeta local, ANDERSON ROBERTO MANRIQUE.

Exposição de telas de ANA ELIZABETH MENDES DO CANTO SCOPIN

Músicas interpretadas por

FABIANA CANTO BENATO

Casinha Branca – Noite Cheia de Estrelas – Sertaneja – A Majestade, o Sabiá – Meus Tempos de Criança – Naquela Mesa – Quem sabe – Mercedita – Luar do Sertão & outras.

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Entrada gratuita!

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Tribuna Piracicabana:Cultura : Poesias e o humanismo em três momentos



S@rau Literário Piracicabano um evento que congrega a Artistas e Literatos em Piracicano


Nova edição do S@rau Literário Piracicabano, que acontece hoje no Teatro Municipal, presta homenagem à escritora local e a outros dois de renome nacional
Erick Tedesco

Foto de Daniel Damasceno

Para Ana Marly Jacobino, palavras não são apenas lidas. São absorvidas, degustadas e transformadas em energia positiva. Idealizadora do S@rau Literário, a ex-professora de literatura é responsável pelo sucesso do evento que serviu de exemplo para similares em São Pedro e Rio das Pedras. Assim como uma obra de arte que possibilita inúmeras sensações, de pouco em pouco ela recheou o sarau com mais manifestações culturais. “A literatura nos leva a outras artes”, comenta, ansiosa com a nova edição marcada para hoje, às 19h30, na Sala 2 do Teatro Municipal “Dr. Losso Netto”.

O S@rau Literário é o primeiro evento que o Municipal abriga após dias fechado em precaução a proliferação da gripe A. “Não é uma honra para nós?”, brinca Ana sobre o fato, ainda extasiada pelo grande público presente na edição passada. “Eram mais de 90 pessoas que assinaram o livro, sem contar músicos e outros envolvidos com a produção”. Na noite de hoje, os três escritores, cujas biografias e obras estarão em evidência, são: o baiano Jorge Amado, a paulista Hilda Hilst e a local Aracy Ferrari.

Como ressalta Ana, é importante destacar o trabalho de artistas da cidade, mesmo Aracy não ser original de Piracicaba. “Ela é de Presidente Alves, teve uma ativa vida profissional em Bauru e hoje atua na literatura e artes plásticas aqui”, revela.

Na homenagem do S@rau, Aracy ainda levará alguns de seus quadros pintados. “Falaremos também sobre sua articulação em coletâneas, os anos que trabalhou como professora no Ensino Público e universitário e prêmios que recebeu ao longo da carreira”. Segundo Ana, os dois livros lançados por ela são: “Presenteando o passado” e “Memórias entrelaçadas em galhos floridos”.Quanto à homenagem a Jorge Amado, que faleceu há seis anos, o S@rau Literário contará com a declamação de trechos da obra “Capitães de Areia” por Daniel Valim e apresentações cênicas da Cia. Sé de Teatro, que é Benedita Giangrossi, a Benê, e Lívia Foltran Spada.

“Ele é importante porque retratava um problema crônico brasileiro, o de crianças de rua”, explica Ana. Para a idealizadora do evento, o lado humano do escritor também será abordado. “Foi um homem dedicado aos amigos. ”Na França, quando estava exilado, abrigou escritores aspirantes que necessitavam de ajuda”.

A terceira e última homenageada da noite será Hilda Hilst. “Ela nasceu em Jaú e era filha única de Apolônio de Almeida Prado Hilst, fazendeiro e também grande ensaísta da época”, conta Ana. “Hilda foi uma mulher à frente do tempo, pois já na década de 40 abordou assuntos polêmicos como sexo e religião”. Quem participa deste tributo é Aracy, que recitará o poema “Venho de tempos antigos”. “Assim como Amado, Hilda também tinha um lado humano latente, dando suporte a escritores aspirantes”.

O S@rau Literário ainda contará com a apresentação musical de Galvani e Rosane Luppi, Ana Lúcia Paterniani e José Carlos Gregório, tocando canções de MPB relacionadas à Bahia de Jorge Amado.

SERVIÇO

S@rau Literário Piracicabano, hoje, às 19h30, na Sala 2 do Teatro

Municipal “Dr. Losso Netto”. Evento gratuito. Informações: 3433-4952.

Agradecimentos, Avisos e Congratulações:

1)Ao Teatro Municipal de Piracicaba na pessoa da sua diretora Heloisa Guerrini e dos seus funcionários.


2)Aos músicos: Ana Lucia Stipp Patrrniani (flauta e voz), José Carlos Gregório (violão e voz),: Galvani e Roseane Luppi (violões e voz).


3) Ao declamador e poeta Daniel Valim, a Gisele Silva, a Drª Ana Paterniani, a Áurea Squerro, Roseane e Galvani Luppi, José Carlos Gregório (nossos amigos músicos), e a todos os presentes que alegram a Literatura e o Sar@u Literário Piracicabano.


4) À Ivana Negri pelo seu trabalho na publicação no Jornal de Piracicaba e na Tribuna dos escritos literários dos nossos poetas.

5) À Richard Mathenhauer pelo incentivo de propagar a Literatura em Rio das Pedras levando um Sarau Literário com empenho e dedicação! Parabéns!

6) A Biblioteca Pública Municipal na pessoa da sua diretora Lucila M Calheiros Silvestre.

7) À Rodrigo Alves, Marcela Benvegnu do Jornal de Piracicaba e Erick Tedesco (Fotógrafo Daniel Damasceno) da Tribuna de Piracicaba, A Danielle Ricci da Gazeta de Piracicaba; A Educativa nas Letras por proporcionarem a divulgação do nosso Sarau

8) Cia Sé de Teatro: Benedita Giangrossi e Lívia Foltran Spada

9) A Pirapneus por patrocinar uma parte do Caderno de Publicação do Sarau!

Obrigada a todos e viva a alegria de um Sarau Literário!

Olá amigos e amigas,

Se tiverem oportunidade vejam o clipe através do link e dêem sua nota.

http://domingaodofaustao.globo.com/Domingao/Garagemdofaustao/0,,16989-p-V1102986,00.html

Um grande abraço,

Galvani Luppi (músico do S
ar@u Literário Piracicabano)






sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Jorge Amado, HIlda Hilst e Aracy Ferrari na Literatura e Arte e Woodstock - o festival que fez história

Homenageados do Sarau de 18 de Agosto de 2009: ** HILDA HILST (Escritora e Poeta), ** Jorge Amado, (Escritor),## Aracy Ferrari (escritora e poeta)

No Teatro Municipal “Dr. Losso Netto na sala 2 na Rua Gomes Carneiro, 136 - Piracicaba-SP

Dia: 18 de Agosto (Terça-feira)
Horário: 19h30 às 21h30

Ingresso: Gratuito (limite 100 lugares)
Classificação: Livre






Venho de Tempos Antigos
Hilda Hilst

Venho de tempos antigos. Nomes extensos:
Vaz Cardoso, Almeida Prado
Dubayelle Hilst... eventos.
Venho de tuas raízes, sopros de ti.
E amo-te lassa agora, sangue, vinho
Taças irreais corroídas de tempo.
Amo-te como se houvesse o mais e o descaminho.
Como se pisássemos em avencas
E elas gritassem, vítimas de nós dois:
Intemporais, veementes.
Amo-te mínima como quem quer MAIS
Como quem tudo adivinha:
Lobo, lua, raposa e ancestrais.
Diz


Texto extraído do encarte à edição de "Cadernos da Literatura Brasileira", editado pelo Instituto Moreira Salles - São Paulo, número 8 - Outubro de 1999.




Hilda Hirst nasceu na cidade de Jaú, interior do Estado de São Paulo, no dia 21 de abril de 1930, filha única do fazendeiro, jornalista, poeta e ensaísta Apolônio de Almeida Prado Hilst e de Bedecilda Vaz Cardoso. Com pouco tempo de vida, seus pais se separaram, o que motivou sua mudança, com a mãe, para a cidade de Santos (SP). Seu pai, que sofria de esquizofrenia, foi internado num sanatório em Campinas (SP), tendo nessa época 35 anos de idade. Até sua morte passou longos períodos em sanatórios para doentes mentais. Hilda foi a criadora de algumas das mais inquietantes e belas poesias da literatura brasileira. Fez seus primeiros estudos como interna no colégio Santa Marcelina, em São Paulo. Em 1945, ingressou no curso clássico da escola Mackenzie, em São Paulo e passou a viver em um apartamento à Alameda Santos, acompanhada por uma governanta alemã. Em 1948, ingressa no curso de Direito na Faculdade do Largo São Francisco.


É uma das protagonistas fundamentais da paisagem literária brasileira e de língua portuguesa do século XX. Com mais de 40 livros escritos em verso, dramaturgia, crônica e prosa, publicados entre 1950 e 2000, Hilda Hilst é uma poeta lúcida, culta, consciente de suas ações e palavras. Com fervoroso amor pela originalidade, sua obra registra um intenso trabalho de linguagem e de musicalidade, um imaginário poético no qual questionamentos metafísicos se mesclam com fatos cotidianos. Corajosa, livre, apaixonada pela vida, os seres humanos e os animais, Hilda Hilst tocou sem pudor temas tabus como a morte, o sexo e Deus. A partir de 1966, Hilda Hilst decide viver na Casa do Sol, a 11 quilômetros de Campinas-SP, onde funciona atualmente a Instituição Hilda Hilst – Centro de Estudos Casa do Sol, presidida pelo escritor José Luis Mora Fuentes, amigo da escritora. Suas Obras Reunidas foram reeditadas recentemente pela Editora Globo. Ler Hilda Hilst significa entrar em contato com a dinâmica da vida, com a complexidade humana e do próprio texto, numa combinação refinada de sons, palavras e imagens.
Alguns de seus textos foram traduzidos para o francês, inglês, italiano e alemão. Em março de 1997, seus textos: Com os meus olhos de cão e A obscena senhora D foram publicados pela Ed. Gallimard, tradução de Maryvonne Lapouge



Hilda Hilst faleceu no dia 04 de fevereiro de 2004, na cidade de Campinas (SP).




Woodstock - o festival que fez história



Woodstock permanece como o mais importante evento musical da história contemporânea. Para entender sua importância, é preciso voltar um pouco no tempo. O mundo, e especialmente os Estados Unidos, passava por tempos difíceis de guerra, violência e desilusão. A década de 60, a mais conturbada década do século, chegava ao fim, com uma sensação reinante de ''e agora?'' no ar. E é nesse clima de final de festa, no último ano da década, que o maior evento de música já feito encontra terreno fértil para se consolidar. O festival de Woodstock, realizado em 1969, reuniu uma multidão de mais de 450 mil jovens para 3 dias de amor e música.


O festival foi idealizado e levado a cabo por quatro jovens, John Roberts, Joel Rosenman, Artie Kornfeld e Michael Lang. Roberts e Rosenman eram jovens milionários procurando um investimento interessante para seu dinheiro. Os dois até colocaram um anúncio no jornal dizendo: ''jovens homens com capital ilimitado procuram oportunidades de investimento e propostas de negócios interessantes e originais''. Lang e Kornfeld tinham as idéias interessantes e originais - mas não tinham o dinheiro. Os dois pensavam em fazer uma gravadora independente especializada em rock localizada numa cidadezinha afastada de Manhattam chamada Woodstock, ou em realizar um festival misturando exposição cultural, shows de rock e estilo de vida da contracultura. O quarteto acabou se encontrando e decidindo pelo festival, mas no campo e com o nome de Woodstock. O evento foi tomando forma. Woodstock aconteceria fora da cidade grande, enfatizando o clima existente de ''volta ao campo'', e estava sendo programado para ser o maior festival musical de todos os tempos. Para atrair seu público alvo, os jovens, foram usados todos os símbolos e frases consagrados pela contracultura. O próprio slogan do evento, ''três dias de paz e música'' , era baseado na contracultura. O slogan continha em si o sentimento antiguerra, o conceito da Era de Aquárius (disseminado com o musical ''Hair''), e a intenção dos organizadores de manter a paz no evento. O próprio Kornfeld explicou que festival não deveria ser pensado como construção de palcos, assinatura de contratos ou venda de ingressos. Woodstock deveria ser um estado de espírito, um acontecimento para se tornar um ícone de toda uma geração.

Os organizadores foram considerados loucos e pretensiosos por intencionarem realizar o maior festival de música já feito e reunir 100 mil pessoas. Mas Woodstock superou todas as expectativas e se revelou um verdadeiro fenômeno. Quase meio milhão de pessoas foram até Woodstock aproveitar 3 dias de mentes abertas, amor livre, drogas liberadas e muito rock. O festival acarretou um dos piores engarrafamentos em Nova Iorque, mas não houve nenhum acidente ou violência durante o festival. Criou-se uma nação dentro de uma nação, reunida por seus ideais e sua vontade de se divertir, embaladas ao som de The Who, Jefferson Airplane, Jimmy Hendrix, Janis Joplin, Joe Cocker, Bob Dylan e todos os grandes nomes do rock da era, hoje verdadeiras lendas. O evento tornou-se um verdadeiro ícone da contracultura. A força jovem e a liberdade assustaram os mais velhos e conservadores. As dimensões de Woodstock foram além das 450 mil pessoas reunidas no festival, tanto que as discussões sobre sua importância persistem, mesmo 3 décadas depois. E até hoje o evento divide opiniões. Muitos dizem que Woodstock foi o fim de toda a ingenuidade e utopia que cercavam os anos 60. Outros dizem que foi o apogeu de todas as mudanças e desenvolvimento na sociedade. Mas todos concordam que o festival foi um marco importante não só para a história da música, mas para a história do homem.
Chris Bueno Redatora, jornalista e repórter com textos publicados na revista Rock Brigade

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Jorge Amado, HIlda Hilst e Aracy Ferrari no Sarau Literário em Piracicaba. Você não pode perder!

Aracy Ferrari (escritora e poeta)

Sarau Literário é um buque de belas poesias para você! Venha Participar!


Homenageados do Sarau Literário Piracicabano de 18 de Agosto de 2009: ** HILDA HILST (Escritora e Poeta), ** Jorge Amado, (Escritor),## Aracy Ferrari (escritora e poeta)

No Teatro Municipal “Dr. Losso Netto na sala 2 na Rua Gomes Carneiro, 136 - Piracicaba-SP

Dia: 18 de Agosto (Terça-feira)

Horário: 19h30 às 21h30

Ingresso: Gratuito (limite 100 lugares)
Querido

ARACY DUARTE FERRARI nasceu em Presidente Alves, desenvolveu sua vida profissional na cidade de Bauru, SP. Em Piracicaba, atua na literatura e artes plásticas. Graduada em Pedagogia, especialização em Psicologia, foi professora da rede estadual de ensino, diretora de Escola e Professora Universitária. É escritora, poetisa, articulista,

Em noite clara, a lua a provocar,
Sentimentos e aspirações
Que amor tu eras
Belo, jovem, educado.
No cruzar dos olhos
A lua fotografando percebeu
Nossos profundos anseios
E as cenas gestuais…
Como as estrelas a cintilar
Brilhamos e nos aproximamos.

Tínhamos a beleza da papoula,
O perfume cálido do jasmim,
A postura majestosa do eucalipto,
O encanto de um jardim.

Amor que adentrou meu ser
No compasso do tempo, como pêndulo,
Marcando no contratempo.
Nosso amor foi assim…




Jorge Amado nasceu a 10 de agosto de 1912, na fazenda Auricídia, no distrito de Ferradas, município de Itabuna, sul do Estado da Bahia. Filho do fazendeiro de cacau João Amado de Faria e de Eulália Leal Amado. Publicou seu primeiro romance, O país do carnaval, em 1931. Casou-se em 1933, com Matilde Garcia Rosa, com quem teve uma filha, Lila. Nesse ano publicou seu segundo romance, Cacau. Formou-se pela Faculdade Nacional de Direito, no Rio de Janeiro, em 1935. Militante comunista, foi obrigado a exilar-se na Argentina e no Uruguai entre 1941 e 1942, período em que fez longa viagem pela América Latina. Ao voltar, em 1944, separou-se de Matilde Garcia Rosa.
Em 1945, foi eleito membro da Assembléia Nacional Constituinte, na legenda do Partido Comunista Brasileiro (PCB), tendo sido o deputado federal mais votado do Estado de São Paulo. Jorge Amado foi o autor da lei, ainda hoje em vigor, que assegura o direito à liberdade de culto religioso. Nesse mesmo ano, casou-se com Zélia Gattai.
Em 1947, ano do nascimento de João Jorge, primeiro filho do casal, o PCB foi declarado ilegal e seus membros perseguidos e presos. Jorge Amado teve que se exilar com a família na França, onde ficou até 1950, quando foi expulso. Em 1949, morreu no Rio de Janeiro sua filha Lila. Entre 1950 e 1952, viveu na Tchecoslováquia, onde nasceu sua filha Paloma.
De volta ao Brasil, Jorge Amado afastou-se, em 1955, da militância política, sem, no entanto, deixar os quadros do Partido Comunista. Dedicou-se, a partir de então, inteiramente à literatura. Foi eleito, em 6 de abril de 1961, para a cadeira de número 23, da Academia Brasileira de Letras, que tem por patrono José de Alencar e por primeiro ocupante Machado de Assis. Doutor Honoris Causa por diversas universidades, Jorge Amado orgulhava-se do título de Obá, posto civil que exercia no Ilê Axé Opô Afonjá, na Bahia.
A obra literária de Jorge Amado conheceu inúmeras adaptações para cinema, teatro e televisão, além de ter sido tema de escolas de samba por todo o Brasil. Seus livros foram traduzidos em 55 países, em 49 idiomas, existindo também exemplares em braile e em fitas gravadas para cegos.
Em 1987, foi inaugurada em Salvador, Bahia, no Largo do Pelourinho, a Fundação Casa de Jorge Amado, que abriga e preserva seu acervo, colocando-o à disposição de pesquisadores. A Fundação objetiva ainda o desenvolvimento das atividades culturais na Bahia.
Jorge Amado morreu em Salvador, no dia 6 de agosto de 2001. Foi cremado, e suas cinzas foram enterradas no jardim de sua residência, na Rua Alagoinhas, em 10 de agosto, dia em que completaria 89 anos.






Capitães da Areia (trecho)

Como o vestido dificultava seus movimentos e como ela queria ser totalmente um dos Capitães da Areia, o trocou por umas calças que deram a Barandão numa casa da cidade alta. As calças tinham ficado enormes para o negrinho, êle então as ofereceu a Dora. Assim mesmo, estavam grandes para ela, teve que as cortar nas pernas para que dessem. Amarrou com cordão, seguindo o exemplo de todos, o vestido servia de blusa. Se não fôsse a cabeleira loira e os seios nascentes, todos a poderiam tomar por um menino, um dos Capitães da Areia.
No dia em que, vestida como um garôto, ela apareceu na frente de Pedro Bala, o menino começou a rir. Chegou a se enrolar no chão de tanto rir. Por fim conseguiu dizer:
- Tu tá gozada...
Ela ficou triste, Pedro Bala parou de rir.
Não tá direito que vocês me dê de comer todo dia. Agora eu tomo parte no que vocês fizer.
O assombro dêle não teve limites:
- Tu quer dizer...
Ela o olhava calma, esperando que êle concluisse a frase.
- ...que vai andar com a gente pela rua, batendo coisas...
- Isso mesmo. - Sua voz estava cheia de resolução.
- Tu endoidou...
- Não sei por quê.
- Tu não tá vendo que tu não pode? Que isso não é coisa pra menina. Isso é coisa pra homem.
- Como se vocêes fôsse tudo um homão. E tudo um menino.
Pedro Bala procurou o que responder:
- Mas a gente veste calça, não é saia...
- Eu também. - E mostrava as calças.
De momento êle não encontrou nada que dizer. Olhou para ele pensativo, já não tinha vontade de rir. Depois de algum tempo, falou:
- Se a polícia pegar a gente, não tem nada. Mas se pegar tu?
- E igual.
- Te metem no Orfanato. Tu nem sabe o que é...
- Tem nada não. Eu agora vou com vocês.
Ele encolheu os ombros num gesto de quem não tinha nada com aquilo. Havia avisado. Mas ela bem sabia que êle estava preocupado. Por isso ainda disse:
- Tu vai ver que eu sou igual a qualquer um...
- Tu já viu uma mulher fazer o que um homem faz? Tu não aguenta um empurrão...
- Posso fazer outras coisas.
Pedro Bala se conformou. No fundo gostava da atitude dela, se bem tivesse mêdo dos resultados.


Homenageados do Sarau Literário Piracicabano de 18 de Agosto de 2009: ** HILDA HILST (Escritora e Poeta), ** Jorge Amado, (Escritor),## Aracy Ferrari (escritora e poeta) No Teatro Municipal “Dr. Losso Netto na sala 2 na Rua Gomes Carneiro, 136 - Piracicaba-SP

Dia: 18 de Agosto (Terça-feira)
Horário: 19h30 às 21h30
Ingresso: Gratuito (limite 100 lugares)