sexta-feira, 8 de maio de 2009

Estudo: O Fim da Infância e convite de exposição!

O Fim da Infância


A infância, bem como a adolescência, foi uma criação da modernidade, a partir de 1750, aproximadamente. Neste período, nasceu a Ciência - tal como a conhecemos hoje - e as idéias iluministas. A adolescência teve seu apogeu mais tarde, somente no século XX.
Isto significa que tanto a infância quanto a adolescência são construções históricas, podendo ser situadas no processo de desenvolvimento da sociedade. Antes da Idade Moderna, a infância não existia e a criança era reconhecida como um adulto.
Considerações específicas acerca da infância, conceitos sobre desenvolvimento infantil, estudos e medidas enfocando as crianças, são invenções recentes da humanidade. É curioso notar, porém, que estas conquistas vêm se perdendo.
Não é difícil constatar o mais absoluto desprezo pelas necessidades das crianças, por parte dos adultos e das instituições. Mais uma vez na história, elas estão sendo concebidas como adultas.
Basta olharmos os comerciais, as roupas e os sapatos fabricados para as meninas. Não são pequenas mulheres? Basta repararmos com mais atenção em todo esse movimento pedagógico que alfabetiza precocemente crianças pequenas, impedindo-as de brincar. Aliás, brincar tornou-se uma “ferramenta de aprendizagem”, em um contexto utilitarista que não acolhe a criatividade infantil. E o que dizer das crianças mais pobres? Evidentemente, para elas a infância nunca existiu.
Sinto-me um tanto incomodada quando, freqüentemente, trabalhando com pais, sou indagada a respeito do comportamento das crianças pequenas, que querem brincar e não estudar, querem pular ao invés de assistir televisão. Os pais não têm tempo para a infância e a escola também não.
Sendo assim, as fantasias e as brincadeiras próprias dessa idade têm sido interpretadas de maneira equivocada: espera-se que uma criança de 3 anos saiba repartir os brinquedos, saiba desenhar “bonito”, fique quieta e tenha raciocínio abstrato. Em muitas situações, se a criança não responde de acordo com estas expectativas, é considerada hiperativa e tratada com medicamentos.
Infelizmente, parece estar longe da realidade a compreensão de que não são as crianças que estão doentes, mas os adultos é que se tornaram insensíveis à infância, tão alucinados com suas próprias tarefas e demandas.

Andrea Raquel Martins Corrêa
Psicóloga e Psicoterapeuta
andrea-raquel@bol.com.br















Homenagem ao Dia das Mães pelas obras de Clemência Pizzigatti


Curadoria de Erick Tedesco e Débora Peron



Artista plástica, pioneira no mosaico em Piracicaba, professora de artes e terapia ocupacional. A carreira artística de Clemência Pecorari Pizzigatti é tão vasta e minuciosa como a paixão dessa piracicabana pelo trabalho que realizou há mais de cinqüenta anos. Hoje, aos 73, ela deixa um legado simples de ser entendido, ao mesmo que complexo para a sensibilidade humana, em forma de pinturas, mosaicos e literaturas com traços de inocência e intelectualidade. Ora Impressionista, ora expressionista, Clemência nunca se prendeu a uma técnica para produzir.
As viagens de outrora ao redor do mundo lhe trouxeram conhecimento, mas a paixão estava em terras piracicabanas. É aqui, em Piracicaba, que duas das grandes obras de Clemência são constantemente adjetivadas de “impactante” e “maravilhosa”: o mosaico no Mirante, de 120 metros, confeccionado em 1968 e, o mais recente, no Coplacana, de 50 metros, finalizado em 2008. “Memorável” também é a pintura que a artista fez no muro do Cemitério da Saudade, além do painel no muro da Igreja dos Frades.
A ânsia de viver e prazer em pintar foram os nortes de Clemência. Professora adorada por ex-alunos e mulher influente no universo artístico, mas que nunca foi mãe. No entanto, o amor materno é inerente a ela, que tem como filho cada pintura, cada mosaico e cada mandala. 12 de suas “crias” estão presentes nesta exposição, todas elas com temáticas relacionadas ao imaginário feminino, ao trabalho, família e, claro, ao valor de uma mãe. A mostra abriga obras de distintas fases da artista piracicabana.
Para a própria Clemência, esta mostra é uma homenagem a todas as mães, principalmente às mães solteiras, como ela mesma destacou. Pelas suas obras, a exposição é o presente do Parque da Ressurreição nesta data comemorativa.




SERVIÇO


Exposição em homenagem a Clemência Pizzigatti



Local: Cemitério Parque da Ressurreição, no corredor dos velórios (com missa do




Dia das Mães no domingo, às 10 horas, na Capela do Cemitério). Avenida Comendador Luciano Guidotti, 1754. Piracicaba (São Paulo).Informações: 3426-4897.Horário de Visita: Das 7 horas do sábado, 9, até 17 horas do domingo, 10 de maio.Entrada Gratuita.

2 comentários:

  1. OLá Ana Marly,

    passei rapidamente para lhe desejar Feliz Dias das Mães.
    Um dia muito feliz!
    Bjos!
    Rodrigo Alves

    ResponderExcluir
  2. Rodrigo: estava com saudades de você. Não se preocupe sei que você esta trabalhando muito, afinal, você está no àpice da sua produtividade cerebral. Abraços Poéticos

    Ana Marly de Oliveira Jacobino

    ResponderExcluir

Deixe seu comentário